terça-feira, 30 de agosto de 2011

Würzburg





Depois de Frankfurt, fomos para Würzburg, que geralmente é a primeira parada dos turistas que fazem a Rota Romântica. E com razão, porque a cidade é uma inspiração para os apaixonados! Apesar de pequenino, o centro histórico tem muitas atrações. Por isso, assim que conseguimos, estacionamos o carro e começamos a andar.

Como ainda não era hora de fazer o check in no nosso hotel, não tínhamos pego nenhum mapa e não sabíamos ao certo para aonde ir. Eu tinha anotado em meu caderninho as principais atrações da cidade, resultado de minha pesquisa, mas nós não tínhamos a menor ideia de como chegar. A nossa primeira referência foi uma placa que indicava o Residenz, ou palácio dos bispos, classificado pela Unesco como patrimônio da humanidade. Enorme, a construção impressiona. Começamos andando pelo jardim. Lindo e muito bem cuidado, o espaço nos permite ver o Residenz através de um outo ângulo. É uma pena que o tempo estivesse tão ruim (cinza e frio), se não, eu e Leo teríamos ficado um bom tempo em um de seus banquinhos para relaxar e curtir a paisagem.






 
Depois do jardim, resolvemos entrar no palácio, mas só conseguimos ver a parte principal do prédio, porque a capela estava fechada para reforma e nós não teríamos tempo de visitar os aposentos e a cave, então abrimos mão desta última... Também devido ao horário, não conseguimos pegar a última visita guiada, que é a única forma de conhecer os apartamentos imperiais, então nos contetamos com o que poderíamos ver. E mesmo assim achamos bem legal! É que em boa parte das salas, a arquitetura foge um pouco daquela clássica que encontramos dentro dos castelos da França, e isso, para mim, já valeu.

Pois bem, depois do Residenz, pegamos o carro e fomos estacioná-lo no estacionamento "Centrum", o que eu e Leo chegamos a conclusão que deveria ser o centro histórico. Estávamos tensos, porque não tínhamos mapa, mas no fim, não foi difícil assim, já que em cada esquina que dobrávamos, dávamos de cara com um prédio histórico. 

Começamos pelo Falkenhaus, um prédio lindo, no melhor estilo rococó barroco, e a Marienkapelle, ou capela de Maria, que fica do lado do Falkenhaus. A capela de Maria é simplesmente linda por fora! Ambos estão na Marktplatz, onde também acontece um mercado que vende produtos típicos. Entretanto, como era domingo, todas as barraquinhas estavam fechadas.






Dali, continuamos a andar e chegamos ao Juliusspital, construção imponente que chama atenção dos pedestres. Como não sabíamos o que era e não tinha vivalma por ali, acabamos não entrando porque imaginamos que era um prédio privado. Uma pena, porque depois olhando pela internet, vi que realmente deixamos de conhecer um lugar lindo. Hoje em dia, o antigo hospital funciona como uma grande fundação de caridade alemã e abriga em seus jardins uma vinícula, bem cochecida da região.

Mais alguns quarteirões e chegamos na enorme igreja Stiff Haug, quase que escondida no cenrtro hitórico. Digo isso porque ela não está tão próxima assim das outras atrações. Só fomos até lá porque quando chegamos ao Juliusspital, vi as suas torres altíssimas de longe, e como eu não deixo escapar nada, carreguei Leo comigo para mais essa descoberta. Infelizmente, a igreja estava fechada e não conhecemos o seu interior.


Agora, o nosso objetivo era chegar ao Dom St Kilian, cuja as torres eu já tinha visto há muito tempo, mas acabamos nos desviando enquanto estávamos explorando a região. A St Kilian é a 4a maior igreja românica da Alemanha e no seu interior, o que chama atenção é a sua decoração barroca. Ao lado do Dom, está o Museum am Dom, mas não entramos para conferir.



A alguns metros está uma linda basílica romana, a Neumünster Kirche, com uma fachada vermelha, muito diferente. O interior da igrejinha também é uma coisa linda, super clara e com umas obras de arte na parede, achei uma das igrejas mais diferentes que já vi.


Continuamos as nossas andanças e vimos uma agitação de pessoas a uns 300 metros de distância. Lógico que fomos conferir! Nessa linha reta passamos por outra construção histórica, a Grafeneckart und Rathaus, até chegar à famosa ponte Alte Mainbrücke. Linda, cheia de estátuas barrocas, a ponte, assim como quase todo o centro histórico, foi reconstruída após a II Guerra Mundial. Com uma vista estonteante, a ponte atravessa o Rio Meno.  Ali estão localizadas duas lojinhas que, além de funcionarem como bar e restaurante, vendem o vinho produzido na região. Apesar do tempo ruim, tinha muita gente ali,  jogando conversa fora e curtindo o "verão".

Grafeneckart und Rathaus

A Alte Mainbrücke





 
Da ponte, avistamos a fortaleza Festung Marienberg, no alto de uma colina, e a käppele (uma igreja linda), um pouco mais afastada. Como já eram 20hs, deixamos essas duas visitas para o dia seguinte. Só que nós não contávamos com o fato de que a fortaleza não abria às segundas-feiras e então saímos de Würzburg sem visitá-la....

Festung Marienberg

käppele

Ficamos apaixonados pela cidade, que realmente é lindinha demais! Nossa próxima parada seria Nuremberg! Nosso hotel foi o Etap, bem simples e geralmente fora da cidade. Como queríamos economizar dinheiro no início da trip, essa acabou sendo a nossa escolha para Würzburg, mas, sinceramente, este Etap estava muito longe da cidade e por isso não considero uma boa opção.

sábado, 13 de agosto de 2011

Frankfurt



No início do planejamento da nossa viagem para a Alemanha, Frankfurt não estava nos nossos planos, já que os poucos comentários que havíamos ouvido sobre a cidade, não eram muito empolgantes. Entretanto, como viríamos direto de Paris, a metrópole tinha a localização ideal para a nossa primeira parada e primeira noite. Foi então que resolvemos acrescentá-la no nosso roteiro.

Chegamos na cidade por vota das 18hs e fomos direto para o nosso hotel (Excelcior) deixar as malas. Como já era tarde, decidimos que iríamos aproveitar para jantar e beber cerveja (claro, estamos na Alemanha!) em alguma cervejaria famosa da cidade. Nós já tínhamos pesquisado na internet e acabei confirmando com a recepcionista do hotel e também com um grupo de simpáticos moradores, que a Adolf Wagner's (Schweizerstrasse 71) era a melhor opção.


Chegamos lá e de cara já adoramos o ambiente! O local representava perfeitamente a ideia que eu tinha das grandes cervejarias alemãs, com muita gente rindo e falando alto, em grandes mesas espalhadas pelo salão! A única coisa que não estava parecida era o fato de que nenhuma pessoa ali estava bebendo cerveja! Isso mesmo! Achamos meio estanho, mas depois que sentamos em uma mesa redonda com um grupo de alemães, descobrimos que a bebida típica de Frankfurt é o apfelwein, o vinho de maçã. Até chegamos a perguntar para o pessoal se ninguém ali bebia cerveja, mas eles nos explicaram que em Frankfurt, a cerveja não é uma bebida tradicional, mas sim o tal vinho de maçã. É lógico então, que pedimos a bebida para provar.


A experiência na Adolf Wagner's foi ótima para nos introduzir no clima alemão e nos mostrar que a simpatia do povo é realmente incrível! Em poucos minutos, a gente já estava conversando com a mesa inteira, falando sobre o Brasil e também pegando dicas sobre o nosso roteiro dos próximos dias! Recomendo a "cervejaria" de olhos fechados.

No dia seguinte, acordamos cedo e fomos direto para a parte antiga de Frankfurt.  Apesar de o centro histórico ter sido todo reconstruído no pós-guerra, os prédios seguiram os moldes das construções originais e por isso mesmo, parece mesmo que estamos em um local bem antigo. A grande atração desta parte da cidade é andar pelas ruazinhas até descobrir todos os cantos. Na praça Römer, estão a Câmara Municipal, a igreja Paulskirche e a casa de Goethe. Do outro lado da praça, está, na minha opinião, a sua parte mais bonita, com uma sequência de construções em madeira, de arquitetura típica alemã, e a fonte da justiça, bem no meio, imponente e rodeada de flores.




Em termos de museus, Frankfurt tem várias opções, mas na minha opinião, destacam-se dois, o Shirn, museu de arte moderna, e o Judish Museum, que conta a história do povo judeu na Europa. Nesse segundo museu, eu e Leo tivemos nosso primeiro contato com o capítulo "holocausto" da história alemã. Apesar de a parte destinada à 2a Guerra Mundial dentro desse museu não ser muito grande, ela é bem abrangente e conta como o amti-semitismo começou e cresceu dentro do país, no governo de Hitler. Eu e Leo saímos com uma carga enorme de informação desse museu e já um pouco perplexos com o que tínhamos acabado de ver. Outro museu que ouvi falar, mas que não tivemos tempo de ir é o Städes, com uma coleção de artistas como Monet, Van Gogh, Cézanne, Rembrandt, Picasso, Matisse e outros.

O Judish Museum


Quando já estávamos a caminho do hotel, passamos pela avenida Zeil , conhecida na cidade como um grande shopping a céu aberto. Nesta rua, os carros não passam e o espaço é inteiramente dedicado aos pedestres. Infelizmente, como era um domingo, todas as lojas estavam fehadas e nós só conseguimos entrar em um shopping que estava com as portas abertas (apesar de suas lojas estarem fehadas). É também perto dessa rua que está a única torre remanescente dos tempos medievais da cidade. A Eschenheimer turm se mistura ao meio dos prédios modernos e causa um contraste curioso na paisagem de Frankfurt.

A Avenida Zeil

Um shopping da Zeil com uma arquitetura incrível!
Olha a altura dessa escada rolante!


Então foi isso, ficamos pouco tempo em Frankfurt, mas conseguimos fazer bastante coisa por lá! Se eu voltasse, voltaria no período do Natal, porque eu já escutei que o marché de noel de lá é incrível!