quinta-feira, 28 de julho de 2011

Sorrento e Costa Amalfitana

Vou começar esse post passando a informação que a Costa Amalfitana é um Patrimônio da Humanidade segundo a Unesco. Por aí, a gente já imagina que vem coisa bonita por aí. E é realmente lindo! Apesar de a minha visita à Costa Amalfitana ter sido muito rápida, confesso que o lugar me encantou.

Para percorrer a costa, ou pelo menos parte dela, chegamos em Sorrento de barco, que pegamos em Capri. Lá, alugamos um carro para percorrer o trajeto e depois continuar a nossa viagem (que ia até Bari, aonde pegaríamos um navio para a Grécia). No total, a Costa Amalfitana tem 60km, começando em Sorrento e acabando em Salermo. O charme da viagem já começa na própria estrada, super estreita, embutida na montanha. O caminho é todo com a mesma vista: de um lado o mar Tirreno e do outro as lindas cidades como Positano, Amalfi e Ravello. Além dos vilarejos, podemos observar nas encostas plantações de limão, uva e oliva, o que torna a paisagem um cenário de filme!

Nós começamos por Sorrento, conhecemos a cidade e dormimos em um hotel no meio do caminho da costa. A cidade, que é o ponto mais perto de Capri, tem algumas praias rochosas, sem areia, mas que mesmo assim atraem muita gente. Fora isso, é o clima do local que é muito legal! A atmosfera de verão italiano está por toda parte e eu adorei isso. A cidade é uma verdadeira varanda para o mar!




Nossa próxima parada foi Positano, cidade que desce da montanha até o mar e é linda demais! Seu centro é na parte baixa, bem próximo à praia, que mais uma vez não tem areia, só pedras. Aliás, quem pensa em ir à Costa Amalfitana para aproveitar as praias vai se decepcionar. Para quem tem praias de areias brancas como nós brasileiros, as praias desta costa não chegam nem aos pés - na minha opinião. A grande beleza dessa região é o conjunto da paisagem, a água do Mediterrâneo, indo de encontro com a montanha e com as cidades suspensas. Fora, lógico, as casinhas, os restaurantes e os monumentos históricos, que dão um charme todo especial ao local. Só para dar uma referência para vocês, aquele filme "Only You" teve como cenário Positano.







É muito legal subir as ladeiras da cidade, entrar nas milhares de lojinhas e escolher um dos muitos restaurantes para degustar da típica culinária italiana. A maior atração de Positano é o Montepertuso, uma das três montanhas do mundo que tem uma perfuração. Para se chegar lá, deve-se percorrer uma trilha por aproximadaente 15 minutos, que nos leva ao topo da montanha e nos permite desfrutar de uma paisagem maravilhosa. 

*foto de internet

*foto de internet

*foto de internet


Na parte da tarde fomos para Amalfi, que talvez seja a cidade mais conhecida da Costa Amalfitana. No passado, essa cidade era uma forte economia que tinha, inclusive, moeda própria e comercializava com o Oriente. As casinhas brancas de Amalfi, coloridas pela enorme quantidade de flores. São muitos cantinhos e becos, um mais lindo que o outro. Assim como em Positano, os restaurantes são convidativos! Destaque para o Duomo, enorme e no topo de uma escadaria ele chama a nossa atenção!











Infelizmente, eu e Leo só fomos até Amalfi, mas a Costa Amalfitana continua. Ravello, que está em um nível bem mais alto que Amalfi, seria a próxima parada. Eu imagino que a paisagem que se tenha de Ravello deva ser maravilhosa, já que de um lado está o mar e de outro o Vale do Dragão, repleto de plantação de uvas e olivas! O grande destaque da cidade são os seus dois jardins Villa Rufolo e Villa Cimbrone. 
 Antes de encerrar esse post, eu queria falar sobre a questão do carro. O percurso da Costa Amalfitana pode ser feito de ônibus ou de carro, mas na época, eu li muitas matérias dizendo que o carro não permitia ao motorista desfrutar tanto da viagem, porque ele deveria ficar o tempo inteiro ligado na estrada e não conseguiria aproveitar a paisagem. Entretanto, eu e Leo não achamos isso 100% verdade. É lógico que o motorista tem sempre que se concentrar na direção, em qualquer viagem ou roteiro que a pessoa faça, mas nessa pequena estrada existem muitos, mas muitos mirantes. Nós aproveitamos absolutamente todos, o que fez com que o Leo conseguisse, sim, admirar a paisagem. Claro que ele não viu tudo, mas ele não se incomodou nem um pouco de ter ido dirigindo.









Capri



Capri é a ilha mais conhecida da Itália e talvez seja uma das mais conhecidas do mundo. Balneário de luxo, frequentado pela elite européia, os ingleses são, provavelmente, os que estão em maior número. Chegamos em Capri para ficar dois dias inteiros e duas noites. Pegamos um barco de Nápoli (a oferta é muito grande, nem precisa reservar) que em aproximadamente 40 minutos nos deixou na ilha. A chegada em Capri é linda. De dentro do barco vamos percebendo o quão bonita é a ilha.


Assim que chegamos, fomos nos informar de como poderíamos chegar ao nosso hotel, que ficava em Anacapri. Anacapri é a parte mais alta da ilha. A parte mais baixa e mais conhecida - e por isso bem mais cara - é Capri. Para se chegar à Capri, pegamos um funicular, que nos leva do porto até a cidade. Já o transporte daí até Anacapri é feito através de ônibus circulares, que no meu caso, fazia ponto em frente ao hotel no qual me hospedei.

Como ficamos dois dias inteiros, no primeiro dia ficamos o tempo inteiro fazendo um passeio de barco, experiência que amamos! Ainda dentro do navio que nos trouxe de Napoli, conhecemos um casal de indianos, muito legais e combinamos com eles de alugar um barco com um marinheiro. No próprio porto de Capri, várias empresas oferecem o serviço. Nós demos uma andada, analisamos os preços e acabamos fechando com o mais simpático e o mais barato!



No roteiro, estava a volta completa na ilha, com a parada em alguns pontos de mergulhos, a passagem pela famosa pedra Faraglione e a entrada na Grotta Azzura. O nosso marinheiro era super simpático, um menino novo e talvez por isso super bem humorado. Ele nos contou as lendas da ilha, como por exemplo a de que o casal que passar por baixo da Faraglione e se beijar vai se casar em breve (funcionou comigo e com o Leo) e se o casal já for casado, a mulher engravida (o que também funcionou com o casal de indianos)! O fato é que rimos muito porque ele passou várias vezes, segundo ele, para não ter erro e tudo dar certo!






Ele também parou em uns pontos ótimos pra gente nadar e ainda conseguiu um esquema para nos deixar mergulhar dentro da Grota Azul. Sim, isso é proibido, mas como a Itália é muito parecida com o Brasil, ele convenceu os vigilantes da gruta, que ficaram satisfeitos com o "extra" de 10 euros - além da entrada. O mergulho foi rápido, mas eu achei legal ter entrado na água ali, que atinge uma cor azul fluorescente, muito linda! Talvez se fosse hoje, depois de dois anos e meio morando na França e acostumada a seguir à risca as normas, eu não teria aceitado infringir as regras. Não permitir que os turistas mergulhem é uma maneira de proteger o meio-ambiente e, com certeza, eu me sentiria culpada fazendo isso. Bom, o fato é que eu mergulhei e gostei. Mas atenção, não são todos os marinheiros que infringem as regras, eu vi lá dentro turistas reclamando que queriam mergulhar também e levando uma dura dos carinhas! 







Dentro da gruta! Olha que água!!

Para entrar na Grota Azul, a gente tem que passar para um barquinho pequenininho, já que a entrada é minúscula. Temos inclusive que ficar agachadinhos para não bater a cabeça! É meio tensa essa passagem da lancha para o barquinho, mas como dizem os franceses "ça va"! Entrar na grota merece todo o esforço!

Continuamos o nosso passeio, passamos por praias privadas e vimos a casa da Sophia Loren e a antiga casa de Mussolini (tinha mais casa e gente conhecida, mas eu sinceramente esqueci). No fim do passeio tínhamos nos divertido muito! Voltamos então para o hotel e à noite fomos jantar em Capri. Foi aí que percebemos que a ilha é muito cara. É lógico, o que eu poderia esperar de um balneário de luxo?? Mas é que não imaginava que fosse tanto. Jantamos então em um restaurante que extrapolava pouco o nosso orçamento e aproveitamos para explorar um pouco o centro.










No dia seguinte, acordamos cedo e fomos nós de novo para o centro de Capri. Exploramos mais um pouco o local e começamos a nossa caminhada ecológica pela ilha. Percorremos as trilhas que saem do centro e nos levam para mirantes maravilhosos e praias desertas (mas são pagas, como tudo em Capri). Vimos de cima o Arco Naturale, uma obra prima da natureza! Passamos o dia assim, andando, e acabamos jantando em Anacapri mesmo, que era mais barato). No dia seguinte, saímos cedo do hotel e fomos para o porto para pegar um navio que nos levaria a Sorrento, nossa primeira parada da Costa Amalfitana.















O Arco Naturale