segunda-feira, 18 de julho de 2011

Veneza



Acho que Veneza é uma daquelas cidades que todo mundo tem vontade de conhecer né? Pois é, eu também tinha, mas a minha fixação não era exatamente por Veneza e sim pela Itália, com um todo. Por isso, eu e Leo, seguimos a nossa "política de viagem" de conhecer logo vários lugares do país. Ficamos no total 12 dias na Itália e conhecemos muitas cidades! Foi perfeito! A minha primeira impressão que eu tive do país foi exatamente o que eu imaginava e, na minha opinião, começamos pelo melhor lugar possível: Veneza, patrimônio mundial da Unesco.

Veneza, banhada pelo mar Adriático, pertence à região do Vêneto e é completamente diferente de todos os lugares que eu já visitei em toda a minha vida. Acho que exatamente por isso não me sinto à vontade de compará-la com outras cidades. E mesmo hoje, depois de ter conhecido muitos lugares aqui na Europa, ainda não encontrei nada parecido. Amsterdam e Bruges, que também são rodeadas por canais, são completamente diferentes, apesar de serem muito bonitas também. O clima que rodeia a ilha é realmente um clima de sonho, de romantismo. Junto à geografia das águas que entram pelas ruas da cidade, a arquitetura dos seus prédios, casas e palácios é única! Em veneza, não vemos ruas, vemos canais. Carros não circulam por nenhuma parte da ilha, o que se encontra por todos os cantos são barcos e gôndolas! As pontes enfeitam ainda mais a paisagem, pequenas ou grandes, elas estão por todas as partes. E as garagens das casas? Acho que isso foi umas das coisas mais legais que vi, na verdade as garagens são os ancoradouros dos barcos!



Para conhecer Veneza, o turista tem duas opções: ou ficar hospedado dentro da ilha, ou ficar no continente, em Mestre. Apesar de ser bem mais barato ficar em Mestre e também de se conseguir hotéis com mais facilidade, eu acho mais interessante e mais prático ficar na ilha em si. Mas para isso você tem que estar preparado para programar a sua viagem com antecedência e disposto a gastar mais por hotéis que não valem tanto o preço que se paga. Eu por exemplo, comecei a programar a minha viagem em maio para ir em julho e já tive muita dificuldade de achar um hotel com preço acessível e que ainda tivesse disponibilidade. No fim das contas, conseguimos o último quarto de um Bed and Breakfast que era bem pequeno e que tinha duas camas de solteiro, uma em frente a outra. Apesar disso, era tudo bem limpinho, tínhamos banheiro no quarto e o dono do hotel, que eram também quem ficava na recepção, era uma simpatia.

Aliás, chego agora a um ponto importante. Nós nos perdemos completamente para chegar ao nosso hotel. Isso porque, depois que pegamos o ônibus do aeroporto (o percurso também pode ser feito por trem ou taxi) e chegamos na estação de barcos que levam os turistas do continente para a ilha, não tínhamos a menor idéia de qual ônibus-barco pegar. Foi graças ao dono do B&B que conseguimos chegar ao nosso destino. Ligamos para ele, que nos indicou o número da linha que deveríamos pegar. Entretanto, nós saltamos em um ponto diferente. Ligamos então de novo para ele, que nos passou a nova indicação com o novo número e a nova direção do barco que deveríamos pegar agora. Pegamos e dessa vez saltamos na parada correta. E, para a nossa surpresa, o senhor tinha ido nos buscar diretamente no ponto do barco para nos levar até o hotel. Ficamos super contentes com a gentileza do senhor e também agradecidos, porque eu eu acho que até chegarmos na porta do hotel, ainda íamos sofrer muito. (Obs: além de ônibus-barco, existem também os taxis-barco, que custam mais caro e por isso eu e Leo não quisemos pegar).

Bom, eu não sei se eu e Leo estávamos realmente muito desorientados ou se realmente é complicado de transitar por ali. A minha dica é que você pegue com o seu hotel todas as indicações de como chegar do continente até o endereço desejado, isso já incluindo o número do ônibus-barco que você tem que pegar e depois um mapinha com as ruas da ilha. Ah, e levando em consideração que você provavelmente terá que andar um pouquinho até o seu hotel, leve malas pequenas, porque andar com malas grandes em Veneza é horrível... 

Uma vez em Veneza, eu considero que dois dias é um bom tempo para se conhecer as principais atrações. A Piazza de San Marco é a principal delas. Linda, linda, linda! É nessa praça que estão a Basílica di San Marco e o Palazzo Ducale, uma construção linda, toda em mármore branco e avermelhado! É também na Piazza de San Marco que estão os famosos pombos de Veneza, e todos os turistas que insistem em pegá-los nas mãos e alimentá-los... Argh! Eu acho isso nojento!! Até nos carrinhos de bebês os pombos pousam e os pais acham a coisa mais normal do mundo!! Sou só eu que acho pombo um bicho sujo demais???

Palazzo Ducale



Basilica di San Marco

Piazza di San Marco vista de dentro do barco


Piazza de San Marco e seus pombos

Bom, continuando, as pontes de Veneza também são famosas. A Ponte Rialto, é a única que faz a ligação entre os dois lados do Grande Canal, bem no centro da cidade. A Ponte dos Suspiros também é muito conhecida, principalmente pela lenda que gira em torno da construção. Como a ponte foi construída para ligar o Palazzo Ducale às Prigioni Nove (uma cadeia), reza a lenda que os prisioneiros passavam por ali chorando, sabendo que aquela seria a última vez que veriam o mundo externo. A Torre dell Orologio é outra linda construção, também localizada  na Piazza San Marco e que atrai muitos turistas.

Ponte Rialto


Ponte do Suspiro, de perto e de longe

Torre dell Orologio

Lógico que também não podemos deixar de lado as famosas gôndolas. Sim, o passeio em uma gôndola é caro, mas sim, vale muito à pena! Sinceramente, eu acho que ir à Veneza e não andar de gôndola é quase que não ir à Veneza. Passar pelos pequenos canais, ver as construções de um ângulo que não se consegue ver das calçadas ou das pontes, e enteder um pouco melhor a dinâmica da cidade é encantador!








Outro passeio que pode ser interessante é pegar um taxi-barco e ir até Murano, ilha do lado de Veneza, mundialmente conhecida pelos seus vidros. Lá, existem muitas fábricas e você pode visitá-las e conhecer de perto o processo de produção e, lógico, depois passar nas lojas das fábricas, que são uma tentação. Nós demos sorte e fomos de graça à Murano, já que a prefeitura local estava fazendo uma ação para incentivar a visita dos turistas às fábricas, então o taxi não nos foi cobrado! Eu gostei da visita e acho que se você tiver tempo, vale à pena!

Veja abaixo mais fotos de Veneza!











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