quarta-feira, 27 de julho de 2011

Roma



Roma é a capital da Itália e, como toda capital européia, não foge a regra: tem muitas coisas para fazer. Entretanto, para mim, Roma tem um diferencial: é a única que nos possibilita uma sensação de estarmos voltando a milhares e milhares de anos atrás. Tudo na cidade é secular, tudo tem uma importância histórica absurda e tudo nos remete às grande produções épicas hollywoodianas.

Eu e Leo, assim como geralmente fazemos nas grandes cidades, pegamos o sight-seeing. Eu já tinha falado isso aqui, acho que para as grandes metrópoles esse ônibus funciona muito bem. Eu não sou muito adepta a pegar metrô, porque não vejo a cidade por cima, por isso, não costumo usá-lo se não for extremamente necessário. Já para andar de ônibus comum, acho que precisamos conhecer pelo menos um pouquinho do local ou então falar a lingua do país, para poder se virar; caso contrário acho que perdemos tempo tentando entender as linhas e corremos um sério risco de nos perdermos, o que significa mais perda de tempo. Por esse motivo, eu gosto mesmo é de andar. Como isso em Roma não é exatamente possível para quem não tem muito tempo, já que as distâncias são grandes, fomos nós para o sight-seeing.

Assim que cheguei na cidade e subi no ônibus, a primeira coisa que me impressionou foi a quantidade de ruinas espalhadas pelo seu território. Sim, as construções também são imponentes, mas isso aqui em Paris elas também são. Então o que realmente me chamou atenção foram as ruínas que representavam no passado a Roma dos conquistadores, dos grandes imperadores e dos gladiadores e que renderam à capital o nome atual de Cidade Eterna.

Nossa primeira parada foi a Piazza Venezia, onde está o Monumento a Vittorio Emanuele II, que foi o primeiro rei da Itália. Ali está a tumba do soldado desconhecido e o prédio é simplesmente magnífico. Entramos e fomos ao Museo Centrale del Risorgimento (que tem muita coisa sobre Giuseppe Garibaldi, importante na história brasileira na Revolução Farroupilha, no RS). Eu li que agora, dentro do museu, existe um elevador que permite o turista subir no topo do monumento, de onde se tem uma vista excelente de Roma. Na época que eu fui, em 2008, ou não tinha ou eu não vi...



Dali do lado, já conseguimos ver as ruínas do Mercado de Traiano, do Fórum Imperial e um pouco mais atrás do Fórum Romano e do Palatino. Fiquei muito impressionada com essas ruínas! Além de lindas, a visita guiada nos permite entender o que cada viga daquelas representava há milhares de anos atrás. Acho indispensável conhecer o local com a presença de um guia! O Campidoglio, que é a prefeitura, também se situa nessa região, mas eu e Leo não tivemos tempo de ir até lá.










Eu não sou muito boa de localização, mas se eu me lembro bem, mais para trás está o Coliseu e também o Circo Massimo. O Coliseu, dispensa apresentações né? Acho que todo mundo já viu uma foto do anfiteatro mais famoso do mundo! Do lado do Coliseu está o Arco do Constatntino. Mais a frente está o Circo Massimo, que era o local onde aconteciam os jogos na Roma Antiga. Não sobrou quase nada do Circo Massimo, apenas um grande espaço vazio.






Coliseu


Circo Massimo

Outro ponto turístico de Roma é o Castel Sant'Angelo, uma construção linda, que fica do lado do Rio Tibre. Ali, está também a linda ponte de Sant'Angelo. Infelizmente eu não tive tempo de entrar no castelo, mas posso imaginar que lá de cima deve-se ter uma vista muito bonita. Destaque para a a estátua do Arcanjo São Miguel no topo da construção!






Perto do castelo está o Vaticano, uma das principais atrações de Roma. O Vaticano é o menor Estado do mundo, funcionando como a sede da Igreja Católica. É lá que mora o Papa e é também lá que podemos ver várias obras primas do período renascentista, tendo destaque a Capela Sistina, que tem o teto todo pintado por Michelangelo e que guarda entre suas paredes a cerimônia de escolha dos Papas. A visita do Vaticano, na minha opinião, deve ser feita acompanhada por um guia, porque são muitas coisas para ver e muitas informações para serem absorvidas. A entrada no Museu do Vaticano é paga, mas se você quiser conhecer só a Basílica de São Pedro e as tumbas (onde estão enterrados todos os Papas), a visita é gratuita.

Eu e Leo queríamos conhecer tudo, então lá na frente mesmo do Vaticano, conseguimos um guia que nos acompanhou por todo o trajeto. As filas geralmente são grandes, mas o nosso guia já tinha os ingressos, por isso não esperamos praticamente nada. Acho que de repente, reservar os ingressos pela internet - o que eu acho que é possível - pode ser uma boa opção se você quiser entrar sem guia e não pegar tanta fila. A benção do Papa só acontece às quartas-feiras, ao meio-dia. Gente, o Vaticano é visita obrigatória!! Ah, atentem para as roupas! Apesar de no verão Roma ser extremamente quente, não se pode entrar no Vaticano, nem na maioria da igrejas italianas, com bermudas e saias curtas, nem blusas sem manga. Meninas, levem um lenço para colocar nos ombros para resolver o problema!
















Além de todas as construções, museus e ruínas, Roma tem também muitas praças, e muitas delas são lindas de viver. Eu, particularmente gostei muito de duas, que são bem turísticas. A primeira é a Piazza Navona. Ela é linda, cheia de prédios coloridos, uma fonte magnífica e a nossa Embaixada Brasileira. A outra é a Piazza di Spagna, com uma escadaria enorme que leva a uma igraja linda lá no topo! Os turistas ficam sentados nas escadas para descansar, comer um sanduíche e admirar o visual!




Piazza Navona

Piazza di Spagna

O Pantheon, único edifício construído na época greco-romana, também fica numa praça. O prédio, que foi construído em 27 a.C. (olha isso gente!) e depois reconstruído em 125 durante o governo do imperador Adriano (ah bom, agora sim, é super novo!!), até hoje encontra-se em perfeito estado de conservação. Lá foram enterrados os reis Vittorio Emanuele, Humberto e a rainha Margherita. A cúpula é considerada uma obra de arte à parte.









Talvez mais conhecida que o Pantheon seja a Fontana di Trevi. Sempre absurdamente cheia de turistas é difícil até para se tirar foto. Reza a lenda que se você jogar uma moeda de costas na água, você voltará a Roma.




O nosso sight-seeing nos levou também a uma igreja linda demais, a Basílica de São Paulo Extramuros, que e a segunda maior basílica católica de Roma e é classificada pela Unesco como Patrimônio da Humanidade. A construção é simplesmente maravilhosa, cercada de muito verde e com uma rica história. San Paolo Fuori Le Mura foi construída no local onde o apóstolo São Paulo foi enterrado e, em 2006, escavações encontraram o túmulo embaixo do altar.












Fora tudo isso que eu já falei, Roma ainda tem muitas atrações:
  • o Palazzo del Quirinale - residência do presidente da república; 
  • a Piazza della Repubblica;
  • a Via Veneto - rua aonde foi filmado o filme La Dolce Vita;
  • o Terme di Caracalla - uma espécie de termas do passado formada por um conjunto de balneários públicos;
  • a Piazza della Bocca della Verità - onde está uma tampa de esgoto do tempo romano, com a estampa de uma cara com uma boca aberta, que segundo a lenda arrancava a mão das mulheres infiéis, levadas pelos maridos para saber se elas mentiam ou se eram fiéis;
  • a igreja San Giorgio Al Velabro - igreja cristã mais antiga do mundo;
  • o Teatro Marcello - teatro construído na Roma antiga que ainda está parcialmente conservado;
  • a Piazza del Papolo - onde está a igreja na qual todos os artistas de Roma são velados quando morrem;
  • a Villa Borghese Pinciana - palácio localizado dentro dos Jardins da Villa Borghese, segundo maior parque de Roma, que hoje em dia abriga o museu Galleria Borghese
Como vocês viram, Roma tem muita coisa para fazer. Nós ficamos cinco dias e não foi suficiente para fazer tudo, mas conseguimos visitar os pontos principais. A nossa estadia foi no hotel Romae, que reservamos através do http://www.venere.com/ . Gostamos bastante, apesar de o quarto ser bem pequeno, era tudo bem moderninho e limpinho. Para quem chega à Roma de trem, a localização do hotel é ótima pois fica do lado da estação.

A entrada dos Jardins da Villa Borghese



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