segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Marrakech - Dia 2

Começamos o dia com o mapa de Marrakech na mão. Nossa primeira visita foram às Tumbas Saadianas. Para ser sincera não achei nada demais. Pegamos até uma fila para ver a tumba principal e tivemos uma certa decepção. Essa é uma das grandes atrações da cidade, mas nós chegamos a uma conclusão: quem já viu o Taj Mahal, não se impressiona com mais nenhuma tumba desse planeta. Bom, desculpe a propriedade com a qual estou falando isso, até porque, com certeza existem muitas tumbas a serem vistas pelo mundo, mas acho realmente difícil algum monumento superar o indiano. Mas o lugar é bonito, os afrescos nas paredes e nas portas são impressionantes, muito delicados e bem feitos.










Saímos de lá e fomos atrás de Bab Agnaou, considerada uma das portas mais bonitas do Marrocos. O portão era a entrada dos plebeus para o antigo Kasbah e assim que o atravessamos, conseguimos visualizar a mesquita, também conhecida como el-Mansouria. A entrada só é permitida para muçulmanos, então nos contentamos com as fotos do exterior do prédio mesmo.

O portão Bab Agnaou



A medina el-Mansouria com o seu minarete


Nossa próxima parada foi a praça Jemaa el-Fnah, acho que a praça mais conhecida por aqui, que fica bem no coração da Medina. Almoçamos por lá e demos uma volta para ver o movimento do local. Ali, além dos muitos turistas que passam e dos vendedores de artesanato e de suco de laranja, que armam suas barraquinhas, muitos marroquinos fazem tradicionais números com animais como macacos, águias e cobras najas. Eu particularmente não gosto muito. Admito que quando fui à Índia queria ver o carinha tocando a flauta pra ver a cobra se levantar, mas tenho muita pena dos macacos e também dos pássaros, então passei direto.



A praça Jemaa el-Fnah

Resolvemos então nos aventurar - sim, acho que perante tamanho caos e o número infinito de ruas e becos, aventurar é a melhor palavra - por dentro a Medina. Estávamos procurando o souk de bijoux, mas acabamos passando por muitos outros souks antes deste, e aí vocês já viram, acabamos comprando tudo e mais um pouco.. Depois de alguns momentos achando que estávamos perdidos, finalmente atingimos o nosso objetivo e, claro, compramos alguns anéis e brincos de prata - o preço definitivamente vale à pena se você negociar. E foi assim, se perdendo e se achando que continuamos nossa andança, passamos pelo mercado de tecidos e artesanatos e acabamos chegando numa pracinha muito gracinha, a Bab al Melah, aonde muitas mulheres expunham no chão produtos de palhas, como bolsas dos mais variados tamanhos. 

Ali, também estão restaurantes que oferecem terraços com vista para a praça e para o telhado da Medina. 
Mais uma curiosidade bizarra que os marroquinos vendem são tartarugas, que desde pequenininhas são amontoadas em gaiolas e colocadas à venda... O funcionário do nosso Riad disse que hoje em dia isso já está proibido, mas que a fiscalização ainda não consegue controlar em todos os locais.




As ruas da Medina



    






É também da Bab al Melah que se avista a entrada para o souk dos tapetes, que nós não queríamos nem chegar perto, pois já havíamos comprado mais tapetes do que queríamos e do que podíamos durante a viagem. Saímos então da Medina para pegarmos um táxi e irmos até o Jardin Majorele, também conhecido como o jardim de Yves Saint Laurent, já que o jardim foi feito pelo estilista junto à sua casa em Marrakech. 

A casa não pode ser visitada, somente o jardim, mas mesmo assim vale muito à pena, pois o local é lindo demais. É uma mistura incrível de natureza com design! Muitas espécies de árvores e principalmente cactus se misturam com fontes e com uma casa, além de muitos vasos coloridos. A cor que predomina, além do verde das folhagens, é o azul Yves Saint Laurent, o mesmo que o inspirou em várias coleções e ficou conhecido como marca registrada do estilista. O lugar é realmente um oásis no meio da agitada metrópole e a visita é imperdível. Definitivamente, foi o lugar que mais me surpreendeu em Marrakech, adorei!


















O lindo Jardim de Majorelle

Saímos do jardim e ficamos um tempinho para encontrar um táxi fora da máfia do local - depois escreverei sobre isso, um dos problemas que nos incomodaram na cidade. De volta ao hotel, tomamos banho e fomos jantar no restaurante L'Ibzar, indicação do meu amigo marroquino. Restaurante maravilhoso, gastronomia marroquina de alta qualidade com preços justos, apesar de um pouco altos em comparação aos restaurantes que havíamos comido antes - que também eram muito mais simples. Para vcs terem uma ideia, pedimos o meu degustação, comemos um pouquinho de todos os pratos do restaurante, e pagamos 35 euros por pessoa! O jantar foi maravilhoso e saímos mais do que satisfeitos! Indicação aprovadíssima! 

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