Acordamos cedo para pegarmos a estrada para Marrakech. No caminho havia duas paradas previstas, a primeira era em um mirante para podermos admirar a cidade fortificada de Aït-Ben-Haddou, patrimônio mundial da UNESCO. Nós não queríamos entrar, pois sabíamos que ainda tínhamos um longo caminho pela frente, então ficamos satisfeitos com as fotos que fizemos do mirante que nos propõe vistas maravilhosas do local.
Observação mais do que importante para quem vai passar por ali (que é bem pertinho de Ouarzazate). A loja cooperativa de tapetes Akhnif Lglawi - que revende os tapetes feitos naquela região. Foi, sem dúvida, a melhor que entramos em toda a nossa viagem pelo Marrocos! Foram os tapetes mais bonitos que eu vi e também os com melhores preços! Eu e minha sogra ficamos loucas com tantas opções de tapetes. Fora isso, o dono do negocio, o Abdul Nacer, é super simpático e nos acolheu de maneira muito legal. Nós entramos dizendo que realmente só queríamos olhar (o que era a nossa intenção no início) e mesmo assim ele nos mostrou tudo com a maior paciência! Nada de embromação nem de papinho furado de vendedor. O cara nos explicou tudo sobre os diferente tapetes, o que era bom, o que era ruim e as técnicas usadas. Acabou que me apaixonei por um tapete e como conseguimos negociar um preço legal, acabei levando!
Olha o Abdul aí, gente!
Anotem aí o endereço e o telefone da loja. Falem com o seu Abdul, que fala francês e inglês! Route Ait Ben Hadou, Tabouraht, Ouarzazate. Tel: 00 212 (0)666572530 / 00 212 (0)670215607 / 00 212 (0)661709932
Bom, continuamos a viagem pela rota Onila, que toda hora nos presenteava com vistas maravilhosas. Paramos para o almoço e prosseguimos na estrada. Mais uma vez, eu estava louca com a paisagem e pedia para parar o carro a cada 5 minutos para poder fotografar. O nosso motorista, a essa altura do campeonato, já estava dizendo que eu era japonesa e não brasileira, de tanto que eu tirava foto hahaha.
Essa estrada, apesar se ser asfaltada, é muito lenta, pois fica no meio das montanhas e é de pista única. Ela era a antiga rota das caravanas dos nômades com seus dromedários! Por ela ser super estreita e muito sinuosa, nós perdemos quase umas 2 horas para percorrer 50km.
A rota desemboca na estrada nacional do Marrocos, que apesar de ser a rodovia nacional deles, não tem tanta diferença assim. Ainda muito sinuosa e cortando as montanhas, o grande diferencial é que nesta, a pista é dupla. Mas a velocidade ainda continua muito restrita devido às muitas curvas e ao grande número de caminhões e jamantas que acabam reduzindo a velocidade - já que a ultrapassagem é complicada. Mais uma vez, as vistas eram estonteantes, o que de uma certa forma ameniza a demora do percurso.
Finalmente chegamos em Marrakech por volta das 17:30hs, exaustos. O nosso Riad ficava bem no centro do antigo bairro judeu, o mellah, e era um verdadeiro oásis no meio de tanta confusão.
Descansamos um pouco e depois seguimos para a parte nova da cidade, para comer uma pizza no Pizza Hut (desde que chegamos que estávamos comendo todos os dias tagine ou couscous). Apesar da comida marroquina ser realmente muito boa, estávamos precisando de uma comidinha mais ocidental!!!
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