Oludeniz

Oludeniz foi a nossa parada estratégica para fazermos a parte do litoral turco, na nossa segunda fase da viagem. Na verdade, eu tinha lido muitas informações sobre Fethiye, que é uma das principais cidades da costa mediterrânea, e foi através dessa pesquisa, que descobri que uma das praias mais bonitas da região era a de Oludeniz. Então, não pensei duas vezes e fiz a nossa reserva num hotel do local, o Paradise Garden Hotel. O grande diferencial deste hotel é a vista, já que ele fica em cima de uma montanha. O proprietário também era super gentil e nos ajudou muito, nos dando informações e sugestões de praias, lugares históricos e restaurantes.

O nosso primeiro dia foi mesmo em Oludeniz. Além de querer conhecer a região, eu estava louca para ir para a praia! A praia é relativamente grande, mas o lance é que tem uma parte que é pública (que diga-se de passagem foi a parte que eu mais gostei) e tem a parte particular, vários pedaços de areias privatizados por espécies de clubes, que oferecem bares, restaurantes, piscinas, espreguiçadeiras e estacionamento. Esta parte fica justamente no canto direito da praia, onde está localizado o parque natural de Oludeniz. O parque é uma área de proteção ambiental e o seu principal atrativo é a Lagoa Azul, conhecida pela cor da sua água, que mescla o azul turquesa com um tom claríssimo do mar mediterrâneo. Por tudo isso, essa praia é considerada por muitos como uma das mais bonitas do mundo!

Essas duas fotos eu tirei da internet, porque não tinha 

nenhuma foto do alto para mostrar a dimensão 

da praia e da Lagoa Azul

É lógico que eu achei tudo muito bonito, mas estava tudo tão cheio de gente, que acho que eu não vi boa parte desta beleza toda... Por isso mesmo, eu goste mais do canto esquerdo, a parte pública. Ali os turistas estão em menor número e, mesmo sem a Lagoa Azul, nós aproveitamos muito a praia, que realmente era excelente! Praia com cor da água do Mediterrâneo mas com ondas do Atlântico! Ainda por cima, a enorme montanha Babadag emoldura todo este cenário. Lá de cima, parapentes voam e pousam justamente ali, nesta parte da praia. Eu adorei! Adorei a cor da água, as ondas (que aqui pela Europa não são tão comuns) e todo o verde que circunda a cidade.

Olhem como o canto da praia esquerdo

é bem mais vazio

Fora a praia, existem outras atividades como o parapente - que já falei no parágrafo anterior  - trilhas, escaladas e passeios de barco. Ou seja, o lugar é muito legal. A única coisa é que eu acho que agosto é o mês errado para se ir à Oludeniz. É lógico que em todos os lugares que fomos, encontramos muita gente, o que em Istambul, por exemplo, nos resultou em tempo gasto em filas para entrar nos monumentos, mas poucas coisas me incomodam tanto quanto uma praia lotada enquanto eu estou querendo paz e sossego.

Bom, no dia seguinte, fomos conhecer os arredores. A praia de Iztuzu foi a nossa primeira parada. Local de proteção ambiental aonde uma espécie de tartaruga se reproduz, a praia é enorme, com 7km de areia, também cercada por uma natureza incrível. Entretanto, achei a praia de Oludeniz bem mais bonita. O que vale muito à pena em Iztuzu é o caminho para se chegar lá. Passamos por uma estradinha estreita, que beira uma lagoa enorme (que desemboca no mar) e um pântano, formando uma paisagem completamente diferente de tudo! Antes de chegarmos à praia, a estrada passa por uma enorme montanha que nos garantiu uma vista muito bonita da praia. 

A praia de Iztuzu vista do alto, junto com a lagoa. 

Mais ao fundo, o pântano que eu falei

*foto de internet

Chegando à praia, a vista que se tem lá de cima

Depois de um tempinho na praia fomos à Dalyan para conhecer as tumbas (só sei o nome em francês gente, Tombeaux Lyciens). Eu já tinha visto as fotos em guias de viagens e na internet e estava louca para conhecer. As tumbas foram escavadas no meio da pedra a não sei quantos metros de altura, e se eu procurasse uma palavra para tentar descrever o que vi, essa palavra seria embutida. É como se as tumbas tivessem sido embutidas na pedra, só que são feitas do mesmo material de onde estão "colocadas". É uma coisa linda de se ver e, sem dúvida nenhuma, impressionante!

As tumbas ficam numa montanha que se separa do centro da cidade por meio de um lago/pântano. Então, para chegar mais perto, você tem duas opções, ou fazer um tour de barco ao redor da pedra, pelo pântano (aliás, esses barcos podem nos levar até a praia de Iztuzu, depende da excursão que você optar), ou então pegar uma canoa que te leva até o pé da montanha e aí você anda até chegar em um ponto mais perto. Optamos pela segunda opção. Pegamos uma canoa que nos deixou do outro lado e quando chegamos lá, percebemos que ainda estávamos muito longe do local que ficava exatamente embaixo das tumbas. Na nossa frente, só havia uma estradinha de terra e para piorar um pouco a situação, estava um calor danado. Foi aí que a nossa salvação chegou: um senhor num trator, que parou e nos ofereceu carona. Seguimos com ele até um ponto que eu já podia fazer as fotos e saltamos - também não queria ir muito longe porque depois teríamos que voltar a pé. 

Os barquinhos que fazem as excursões

A nossa carona!

As tumbas são realmente incríveis!!

Depois disso, voltamos para o carro e seguimos em direção à Fethiye, mais especificamente ao mercado de peixes, aonde jantamos. Aliás, uma experiência muito legal também. Você escolhe o seu peixe, leva para um dos restaurantes que estão ao entorno e que cozinham da maneira que você quer e depois come! Tudo ao som de música turca! Muito legal!

 No quarto dia seguinte fomos em busca da praia perfeita. Pegamos o carro e fizemos um roteiro pelo litoral. Paramos em várias praias, fizemos o litoral de Kekova e de Kas, e apesar de termos visto muitas praias legais, a mais impressionantemente bonita para mim foi a Kaputas Beach, em Kas. Como a praia estava relativamente longe das cidades e era imprescindível estar de carro para chegar, não tinha tanta gente assim. Quando chegamos lá, tivemos certeza que não sairíamos mais, e ficamos até o fim da tarde. 

A praia de Kaputas

Depois, fomos direto para as ruínas de Kayaköy, antiga cidade grega, abandonada por seus habitantes quando os turcos retomaram o território, em 1923. A cidade, que fica em cima de uma montanha, foi deixada do dia para a noite por seus moradores e tudo ficou do jeito que era. O tempo já destruiu muita coisa, mas a estrutura das casas continua lá, é como se fosse o esqueleto das construções. A igreja conseguiu ainda preservar o seu interior, mas como chegamos tarde, ela já estava fechada. Andamos pelas ruelas da cidade fantasma e vimos o pôr do sol do meio da ruínas, uma experiência inesquecível!

 

As ruínas de Kayaköy

No nosso quinto dia, aproveitamos para fazer um passeio de barco. Contratamos a excursão em uma das muitas operadoras no centro de Oludeniz. Escolhemos uma das que o proprietário do nosso hotel nos tinha recomendado. Uma van nos levou até o porto de Fethiye, de onde saiu o saveiro. Éramos apenas dez no passeio, então foi tudo muito agradável. Passamos o dia inteiro no mar, comendo, bebendo e parando perto da costa e das ilhas para mergulhar e curtir a natureza. Água azul turquesa, completamente límpida, o tempo todo! Quando chegamos do passeio, emendamos num banho turco, que ainda não tínhamos feito. A experiência foi muito legal e fechou de uma maneira perfeita a nossa estadia em Oludeniz!

No dia seguinte, ainda curtimos uma praiazinha antes de irmos embora para Istambul. Fazendo um resumo da nossa estadia em Oludeniz, adorei absolutamente tudo. Tinha pesquisado outros pontos do litoral turco, mas tenho certeza que fiz a melhor escolha. Lugares mais conhecidos como Marmaris, Izmir e Antalya costumam ficar muito mais cheios nessa época do ano, e de tantos turistas, as praias já não são mais as mesmas. Uma irmã de uma amiga que tinha ido semana antes para Antalya, disse que as praias do local estavam sujas e que ela ficou o tempo todo na piscina do hotel...