domingo, 12 de maio de 2013

Gorges du Dadès e Rota dos Kasbahs


Acordamos sem pressa, tomamos um delicioso café da manha e fomos dar uma voltinha de dromedário que estava inclusa no pacote turístico. Saímos de lá com uma certa tensão porque uma tempestade de areia estava se aproximando. 













Fizemos um caminho mais curto para podermos mudar de região e abandonarmos o deserto, até chegarmos na região do valé du Dades. O nosso guia fez questão de nos levar pelo caminho mais bonito. O problema é que, apesar de a distância em quilometragem ser mais curta, esta rota cruzava um pedaço de deserto e subia uma cordilheira, com uma estradinha precária e quase que infinita, com muitas pedras, abismos e algumas paisagens de tirar o fôlego. Para desespero do Leo e da minha sogra, que tem um certo "probleminha" com altura, o momento tenso ficou reservado para o cume, quando estávamos a 2200 m de altitude e um carro veio na outra direção e os dois motoristas tiveram que dar um jeito para os dois carros ocuparem o espaço de um! Nós preferimos sair do carro. Até eu que não tenho nenhum medo de altura, fiquei com nervoso!















Ficamos exaustos com a viagem e quando finalmente essa estradinha acabou, andamos ainda uns 60km para chegarmos na cidade que ficaríamos, Boumaine Dadès, no Valée du Dadès. Almoçamos para descansar um pouco e depois fomos direto conhecer as Gorges du Dadès. Fizemos o tour de carro pelo canion, tiramos fotos e depois voltamos direto para a nossa pousada. A estrada que percorremos para chegar até lá, é conhecida como a rota dos Kasbahs. A estrada é linda, com paisagens maravilhosas  e é cheia de Kasbahs, construções antigas e bem grandes, aonde tradicionalmente moravam as grandes famílias. Por muitos anos, a tradição no mundo árabe era de que a casa da matriarca deveria servir de casa para todos os filhos, que mesmo depois de casados, voltavam com as esposas e filhos para morar alí. A matriarca continuava mandando em tudo e era a senhora absoluta do Kasbah. Já imaginaram, gente? Por isso, esses mini castelos eram enormes e quanto mais rica a família, mais luxuosos eles eram!






Os restos de um Kasbah



Outro Kasbah





O canion e a estrada que o corta

Mais um Kasbah, este muito bem conservado


O nosso hotel, assim como o da noite anterior, era um Kasbah, mas dessa vez uma gracinha! Só o nosso quarto, que simulava um quarto na caverna, com todo conforto, é claro, que era frio. Fora isso, não tenho do que reclamar! Atendimento simpático, tudo muito limpo, jantar delicioso e decoração bem típica berbère (especialmente a do nosso quarto "troglodita"). 







Detalhes do nosso quarto Troglodita


O hotel

Mais aventura: para chegar no hotel, 
tivemos que atravessar esse riacho!

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