sábado, 11 de maio de 2013

Merzouga e Tnejdad: o grande erro da viagem!

Madrugamos para conseguirmos pegar o nascer do sol em meio as dunas de Erg Chebb. Colocamos o despertador 5h da matina e às 5h30 estávamos montados nos dromedários para adrentar o Saara!!





Detalhe para o céu completamente estrelado, uma coisa de louco! Como não tinha luz nenhuma ao nosso redor, nada ofuscava o brilho das estrelas, o que deixou o céu completamente iluminado! Fora isso, tudo escuro, eu não enxergava um palmo na minha frente. Nada grave, quem tinha que enxergar era o dromedário para nós dois não despencarmos do alto das dunas.

Após uns 20 minutos, chegamos ao local aonde o nosso acompanhante nos mandou descer. Os bichinhos se abaixam e a saída das suas costas é fácil. Subimos então a pé na duna mais alta que nos cercava e o sol começou a despontar. Uma das cenas mais bonitas que já vi na minha vida, sem exageros. Tirei aproximadamente umas 20 mil fotos e uma vez que o sol já estava cheio no céu, começamos nosso caminho de volta.

As dunas percorrem uma distância de aproximadamente 15km até chegarem na fronteira com a Argélia, aonde elas acabam para dar lugar a uma nova paisagem do Saara, desta vez marcada por uma terra negra. Do alto das dunas, que às vezes chegam a uma altura de 140m, nós podemos ver esta clara divisão de território! O Saara é o maior deserto do mundo e por isso ele apresenta várias paisagens tão diferentes umas das outras. Ele ocupa uma área de aproximadamente 12 milhões de km² (segundo a Wikipedia) e cobre uma boa parte África do Norte, entrando nos países da Mauritânia, Algéria, Líbia, Egito, Sudão, Niger, República do Chade, Saara Ocidental e Mali, chegando até o Marrocos e a Tunísia
































Depois da nossa incurão rapida no deserto, voltamos para o hotel e tomamos um delicioso café da manhã com a vista das dunas e o barulho dos pássaros, que são muitos e ficam voando pra lá e pra cá. Ficamos mais um tempo ali pegando sol no terraço e depois reencontramos com o nosso chofer para seguir viagem.








Essa era a nossa vista durante o café da manhã


O nosso hotel oferecia também excursões de longa duração pelo Saara, que podem durar até uns quatro dias, se eu não me engano. Todo o caminho é feito nas costas dos dormedarios e à noite se para em cabanas para dormir. A ideia é de reproduzir as rotas que os "berberes"/beduinos faziam antigamente para se locomover e para transportar as mercadorias de um pais a outro. Acho que para os mais aventureiros deve ser uma coisa bem legal, mas para mim não convence hahahah. Nos ja riamos passar uma noite no deserto, em um acampamento (camp du desert, como eles chamam por la), então nem cogitamos mais essa aventura. 

Seguimos viagem e logo no inicio, nosso motorista nos levou para conhecer um lago bem no meio do Saara. A paisagem impressiona e a parada valeu para que pudéssemos fazer algumas fotos!











A viagem até Tnejdad foi relativamente curta e além do lago, nenhuma outra paisagem me impressionou. Chegamos na nossa pousada e demos de cara com um Kasbah (construção antiga típica marroquina onde as familias mais abastadas moravam na época). A ideia de construir hotéis nos Kasbahs pode até ser boa, original e interessante, mas no nosso caso, sinceramente, eu parecia estar entrando em um local que não passou por nenhuma modificação ha aproximadamente uns 1000 anos!!! Ok que a arquitetura deva ser preservada, mas voce pode ter isso com um certo nivel de conforto, não? As instalações eram péssimas, eu achei tudo sujo e mal conservado (so o banheiro que, pelo menos, estava relativamente ok), e obviamente não tinha internet no quarto - e eu não preciso nem comentar como era a area comum do "hotel" que oferecida essa novissima invenção chamada Wi-Fi, né? 

Resumindo: uma coisa horrorosa!! Tudo velho, mal cuidado, sem charme, sem conforto, sem nada! E o pior, é que chegamos relativamente cedo na cidade que também nao tinha absolutamente nada para se fazer. Gente, eu juro, o lugar era muito bizarro. Para chegar na saleta principal você tinha que se meter por um túnel embaixo da terra, estranho, escuro, úmido!!! Bizarro é pouco! E o pior é que lemos as críticas sobre o local e a galera falando super bem porque era uma construção tradicional super bem conservada, etc etc etc... Para quem conhece os franceses, sabe que isso é tipico deles. O povo pra gostar de hotéis antigos caindo aos pedaços e ainda achar que essas exepriências são unicas e maravilhosas!!














Bom - passado esse momento desabafo - depois de uma volta curta pelos arredores, voltamos para a nossa caverna do homem paleolítico, tomamos banho, demos um tempo na internet e fomos jantar. Fui dormir querendo que o dia seguinte chegasse logo para eu poder sair logo dali...


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