sábado, 11 de maio de 2013

Meknès e Volubilis

Começamos o terceiro dia fazendo uma excursão para Meknès, cidade localizada a 60km de Fès e ponto quase que obrigatório para quem está por estas bandas. Como já tínhamos visto bastante coisa em Fès, não pensamos duas vezes ao fechar o passeio.

Alugamos um carro com um chofer que logo de inicio nos perguntou se gostaríamos de parar em Volubilis, antiga cidade romana que se encontra no caminho de Meknès. Tenho que admitir que eu já não agüento mais ruínas, mas essas são tombadas pela Unesco e como a minha sogra ficou super empolgada, não tivemos como dizer não.

A estrada até lá foi péssima - e naqueles momentos dentro do carro entendi o que o dono do nosso hotel queria dizer com "as distâncias entre as cidades marroquinas são calculadas em tempo de percurso e não em quilometragem" - mas quando chegamos lá, vi que valeu à pena. As ruínas, que estão relativamente bem conservadas, ficam em cima de uma colina com vista para um vale extenso, que nessa época do ano - devido ao período de chuvas que fecham o inverno - está colorido nas mais diversas tonalidades de verde.








A vista é de tirar o fôlego e o passeio pela antiga "capital" da, na época, região da Mauritânia, foi muito agradável.  Nós fizemos todo o percurso por conta própria, acompanhando as explicações do nosso livrinho da National Geographic, mas tinham alguns grupos de turistas acompanhados por guias marroquinos, que podem ser contratados na entrada do local.  A única coisa que achamos mal conservada, foram os mosaicos no chão. Dá para ver que, apesar se ainda existirem algumas ilustrações em muito bom estado, muito se foi perdido e, ao que parece, nada está sendo feito para uma preservação ou até mesmo uma recuperação e restauração dos afrescos.

A visita demorou por volta de 1:30h e saímos de lá contentes com o que vimos.






























A próxima parada foi Meknès. Depois de mais alguns minutos na estrada, chegamos ao nosso destino e fizemos um tour de carro pela cidade para termos uma idéia geral. A primeira parada foi em um mirante para a foto. Depois fomos até o lago e o antigos estábulo, ambos construídos pelo antigo rei  Moulay Ismail para seus mais de 1200 cavalos. Demos a volta no palácio real, de onde também não se pose tirar foto das entradas, e seguimos até o nosso restaurante, que foi indicação do nosso chofer e o pior lugar que comemos em toda a viagem.











A grande questão desse tipo de situação é que, você, como turista, não tem nem ideia de onde deve ir para comer - um lugar que seja limpo, honesto e gostoso - e então acaba seguindo as indicações do guia - no nosso caso motorista. Se a pessoa for honesta, te levara para um lugar aonde realmente se comem bem, caso contrario, te levara para qualquer lugar onde ela ganhe a sua comissão em cima dos clientes levados. Isto, para ser mais especifico, foi o que aconteceu conosco em Meknès.

Bom, voltando ao que interessa, nessa primeira visão, achamos a cidade muito bonita e organizada e bem diferente de Fès. Depois do almoço, fomos andar a pé pela parte central e logo nos sentimos em casa com o típico caos marroquino, que já estávamos nos acostumando em Fès. Muita gente na rua, carros passando desordenadamente e barraquinhas vendendo os mais variados artigos. Começamos pela porta de Bab Mansour, contruida em 1732 e considerada como uma das portas mais bonitas do mundo - e, obviamente, eleita a mais bonita do Marrocos. Depois fomos andar pela praça de El-Hedime, que fica bem em frente ao portão e que abriga varios restaurantes e muitos camelôs e lojinhas. Cruzando a praça, chegamos a uma pequena porta que nos levou para dentro da Medina. Logo de cara estava o Palácio Jamaï, que hoje em dia abriga o museu de artes marroquinas. Como nós não tínhamos muito tempo, não entramos e seguimos as ruas estreitas da Medina até a Madrasa Bou Inania, um anexo da madrasa de Fès. O prédio é pequeno mas tem os afrescos bem conservados. Os turistas têm acesso a um terraço de onde se vê os telhados da medina e as Torres das mesquitas.



















Depois da madrasa passamos pela frente da Grande Mesquita, à qual não temos acesso, pois só os muçulmanos podem entrar. Saímos da Medina e fomos para o mausoléu de Moulay Ismaïl, que abre a partir das 15hs. A visita é bem rápida e a parte mais bonita é aonde está o túmulo do antigo rei.  Bem ali do lado, estão os labirintos de Habs Qara, embaixo da terra, aonde ficavam os prisioneiros do rei. Como já estávamos cansados e querendo voltar para Fès, não fomos conhecer o local.











De lá, entramos direto no carro e seguimos na estrada de volta para o nosso hotel.


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