Fès é a cidade mais populosa do Marrocos e é considerada a capital cultural e intelectual do país. Durante vários anos, a cidade foi a capital oficial do Marrocos, até que em 1912, sobre influência francesa, Rabat ganhou o posto. Entre muitos outros monumentos e construções historicas, Fès guarda a Universidade de Karueein, construida em 859, que é a mais antiga do mundo ainda em funcionamento.
Chegamos no aeroporto por volta das 16hs e queriamos aproveitar o tempo que nos restava antes do anoitecer. Como o meu amigo marroquino tinha nos indicado um guia, que nos pegaria no hotel assim que nos chegássemos, não nos preocupamos em fazer um roteiro. E assim foi, encontramos com o guia e começamos a descobrir Fès.
Começamos pelos dois mirantes da cidade, para podermos ter uma idéia do espaço visto do alto. Nesse dois pontos, estão as ruínas de duas fortalezas antigas que protegiam a cidade. Depois, fomos conhecer uma fábrica de porcelana (nao tem jeito, os guias no Marrocos sempre irão te levar para fábricas, cooperativas e lojas com as quais eles têm contato. A arte de fazer a porcelana é milenar no país, por isso, em todos os lugares que você va, sempre tem uma lojinha vendendo vasos, potes, pratos, enfim, tudo o que se possa fazer com porcelana. A visita começa com um homem explicando a técnica e mostrando um dos trabalhadores colocando a mão na massa e fazendo um vaso. Aí, seguimos por dentro da casa e aprendemos as diferenças entre as várias peças. No final, como não podia deixar de ser, você sai em uma loja aonde todos os produtos estão à venda.
Da fábrica, seguimos em direção ao Palácio Real, que só pode ser visto por fora, já que a entrada é proibida. A grande atração do palácio é a sua porta, toda feita em bronze, com um trabalho manual muito bonito. É ali que todo mundo pára para tirar fotos. Uma coisa curiosa é que a porta por onde o rei entra está ao lado, não é essa principal, e não pode ser fotografada - coisa que eu vi que se repete por todo o pais. Quando nós estávamos lá, dois turistas tiraram fotos e foram chamados pelos guardas de segurança para apagarem o registro. Segundo o guia, isso é uma forma de prevenir ataques terroristas.
Finalizamos a nossa primeira tarde em Fès com uma visita rápida ao quarteirão judaico, que tem uma arquitetura muito semelhante à da regiao da Andaluzia, na Espanha, e conta com mais de 220 lojas de jóias, o que é um número enorme com relação ao tamanho do bairro, relativamente pequeno.
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