sábado, 11 de maio de 2013

Fès, segundo dia





A Medina vista de um terraço de uma loja


O nosso guia tinha nos avisado que no nosso segundo dia, nós iríamos explorar e conhecer a Medina de Fès, a parte mais antiga da cidade, Patrimônio Mundial da UNESCO, conhecida como Fès El Bali. Esse seria o nosso primeiro contato com uma medina e eu não tinha nem ideia do que nos esperava. Toda medina é dividida tem vários souks, ou mercados, por dentro. Para acessar a Medina, até hj, existem 36 portões, mas os mais conhecidos são o Bab Boujeloud, o Bab Guissa, o Bab Jdid e o Bab Ftouh.



O portão de Boujeloud


No total são 9200 ruelas, entrelaçadas entre si e divididas em quarteirões. Cada quarteirão tem a sua própria Mesquita, fonte, padaria e escola, que, na cultura muçulmana, são os serviços essenciais para o desenvolvimento de uma comunidade ao entorno. A Medina, assim como todas as outras do Marrocos, são divididas em souks, cada um com sua especialidade. Há o de tecidos, o de tapetes, o de comida, o de roupa de casamento, o de artesanato, e assim por diante.

















Andar pela Medina é como andar em um labirinto sem fim e eu tenho certeza, que se não fosse pelo nosso guia,  a nossa experiência não seria tão agradável, porque acho que estaríamos até agora tentando achar o caminho de volta para o nosso hotel!

Dentro da Medina, os grandes monumentos históricos são: a porta Bab Boujeloud, as madrasas Bou Inania, Cherratine e Seffarine, a mesquita que abriga os restos mortais de Idriss II (Zaouïa de Moulay Idriss II), a universidade Karaouiyne e a fonte Nejjarine.














Outra coisa que eu adorei ter visto foi a "tinturaria" (Tanneries Chouwara), aonde os homens tingem as peles de couro para depois transformá-las em casacos, bolsas, cintos, etc. Não é possível entrar nessa área (ou melhor, não é recomendável), já que se equilibrar entre um tanque e outro, em um chão escorregadio e molhado e ainda com um odor fortíssimo, não é exatamente o que podemos chamar de passeio turístico. Porém, algumas lojas, que vendem os produtos de couro, disponibilizam terraços de onde se tem uma vista panorâmica de toda a área. Depois, os vendedores te explicam um pouco o processo e você sai diretamente nas salas onde os produtos estão à venda, como acontece em quase todas as grandes lojas a Medina.










Almoçamos em um restaurante no coração da Medina, muito arrumadinho e inegavelmente turístico. Entretanto, a comida estava maravilhosa e a limpeza do local impecável. A decoração era tipicamente marroquina, então, para mim, a escolha - indicação do guia - não poderia ter sido melhor.

Passamos o dia vendo os monumentos e entrando em lojas e cooperativas de tapetes, tecidos, artesanatos, e de todo tipo de produto que vocês possam imaginar. Alias, isso foi uma das coisas que eu não gostei. Não aguentava mais ser levada para todos os cantos para gastar dinheiro. Depois de Fès, pegamos uma implicância com esse tipo de programa e avisamos ao nosso motorista, que seguiu viagem com a gente até Marrakech, que não queriamos comprar absolutamente nada! Só lá para o fim da viagem é que recomeçamos a entrar nas lojinhas.

Voltamos para o nosso Riad por voltas das 17:30hs correndo para chegar antes do temporal que ameaçava cair a qualquer segundo! Assim que chegamos, o céu desabou...

Não tivemos tempo de ir ao museu Dar Batha, mas parece que é bem interessante, então se você tiver tempo, essa pode ser mais uma opção de passeio na cidade.


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