domingo, 15 de julho de 2012

Jaipur, a capital do Rajstão

Jaipur é a maior cidade do Rajastão e é também a sua capital, com mais de 2 milhões de habitantes. Ela faz parte do conhecido roteiro turístico Triângulo Dourado (Delhi, Jaipur e Agra) e, por isso, é uma das cidades mais visitadas na India. Apesar de não estar exatamente dentro da área desértica, como é o caso de Jodhpur, a cidade é muito quente! Foram lá os nossos dias mais quentes da viagem, praticamente insuportáveis por volta das 11hs da manhã. 

Jaipur também é conhecida como a cidade rosa, já que ela foi toda pintada nesta cor, em 1728, pelo Maharaja Sawai Jai Singh II, para a visita do Príncipe de Gales. A partir desta data, as suas casas passaram a ser pintadas na mesma cor regularmente.

Acho que de todas as cidades visitamos, Jaipur é a que tem o maior número de atrações turísticas. Passamos quase dois dias inteiros e foi tudo muito corrido. Acho que também por conta do calor insuportável, nós estávamos mais lentos e cansando mais rápido, por isso acho que o tempo foi curto. Mesmo assim, conseguimos ver tudo o que queríamos e saímos satisfeitos do local.

Nosso primeiro passeio foi o City Palace, aonde até hoje mora o Maharaja atual e sua família. A construção abriga vários palácios, como o Chandra Mahal, que é a casa dos reis de Jaipur desde o século XVIII. A visita só pode ser feita em uma parte do complexo, já que na outra reside o Maharaja. O complexo é enorme e além dos palácios, abriga também jardins e pátios, todos com uma arquitetura de influência mongol.











Esse é o Chandra Mahal




Esse é o Mubarak Mahal, que hoje em dia expõe 
objetos e tecidos da família dos Maharajas
que já moraram por ali

Reparem nos detalhes esculpidos 
nas paredes, varandas e pilastras. 
É uma coisa linda gente!





Logo do lado do City Palace está o observatório Jantar Mantar, que reúne 16 instrumentos astronômicos de altíssima precisão construídos em mármore, pedra e argamassa. O local acabou de ser construído em 1734 e seus instrumentos permitem fazer observações diurnas e noturnas. A tecnologia dos observatório é tanta, que dali se pode medir com alta exatidão o tempo, a localização de constelações e a declinação solar, prever eclipses e fazer previsões meteorológicas (como por exemplo que dia começa a monção, qual vai ser a sua duração e a sua intensidade).







Na foto acima está o Samrat Yantra,
que é o maior relógio de sol do
mundo, com 27m de altura



Saímos do observatório, bebemos 1 litro de água cada um e entramos no carro para conhecer outros pontos turísticos. Nossa próxima parada foi Hawa Mahal, mais conhecido entre nós brasileiros como o Palácio dos ventos. Acho que essa é a principal atração da cidade, tinha lido muito a respeito deste palácio antes de chegar na cidade. Na verdade, hoje em dia resta só a fachada da construção, cor de rosa com 953 pequenas janelas, construídas com o intuito de que as concubinas do Maharaja pudessem acompanhar o movimento da rua sem serem vistas. O Hawa Mahal está localizado em uma das partes mais antigas da cidade, na rua aonde acontece o tradicional bazar de Judaipur (quando visitamos o local  os indianos resolveram fazer uma greve nacional por causa do aumento do preço da gasolina e nenhuma loja do bazar estava aberta...). 


A beleza arquitetônica da 
construção é inquestionável



Ainda de carro, passamos na frente e paramos para tirar fotos de mais monumentos importantes da cidade. O templo Birla Mandir me chamou a atenção quando passamos em frente. O templo hindu captura nossos olhares pela beleza arquitetônica e sua cor branca brilhante. Na hora em que passamos, o templo estava fechado por causa do calor; ele só abre depois das 17hs, mas mesmo assim tirei umas fotinhos do lado de fora.





Depois a nossa parada foi o Albert Hall Museum, que é o museu mais antigo do estado do Rajastão e abriga em seu interior obras e objetos que retratam a vida e cultura do povo deste estado. Localizado no Ram Niwas Garden, foi aberto ao público em 1886/1887. Entre o seu acervo estão tecidos, tapetes, pinturas, objetos artesanais em metal e madeira, bonecos e até uma múmia egípcia. O prédio do museu é lindo, olhem as fotos!





O Rambagh Palace era outro monumento que estava na minha lista de visita obrigatória. O palácio foi moradia de gerações de reis durante dois séculos e em 1925 se tornou a residência do Maharaja de Jaipur. O local ficou destinado à esta família até 1957, quando foi convertido em um hotel de luxo pelo Maharaja Sawai Man Singh II. Por causa disso, a entrada no local hoje em dia só é permitida aos hóspedes do hotel ou aqueles que fazem reserva em seu restaurante. Nós até tentamos burlar a entrada dizendo que iríamos para o restaurante, mas quando chegamos no jardim, não pudemos fotografar nada... Por isso peguei para vocês algumas fotos da internet para que possam ter uma ideia da maravilha que é o local. O hotel pertence atualmente à cadeia Taj e em 2009 foi eleito o melhor hotel do mundo pela Condé Nast Traveller no Readers Travel Awards.



Essas duas fotos foram as únicas que 
consegui tirar de dentro do carro






Nada mal hein?!



Outra construção que queria conhecer era o Jal Mahal, o palácio sobre as águas em Jaipur. Inicialmente, o palácio foi construído para ser a casa de férias do Maharaja e por muito tempo permaneceu abandonado até que há 10 anos deu-se início às obras de restauração e hoje em dia o local está aberto ao público.




Uma observação: Jaipur foi a cidade em que mais vi animais pelas ruas. Quando digo animais, não estou falando de cachorros e gatinhos, estou me referindo a camelos, elefantes, cobras, macacos... Enfim, um verdadeiro zoológico para nós que não estamos acostumados à presença destes bichos no nosso cotidiano.




Olha como eu tava corajosa!












A nossa estadia em Jaipur foi lotada de coisas para fazer. A cidade é linda e realmente vale à pena a visita! Ainda visitamos o Amber Fort, que eu falarei no próximo post porque tem muita foto para colocar dessa visita!


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