domingo, 22 de julho de 2012

Agra: Fatehpur Sikri

Agra foi a nossa última escala desta viagem. Posso dizer que era também uma das mais aguardadas porque nós três estávamos loucos para conhecer o Taj Mahal. Acho que a primeira referência quando se fala em India é o Taj Mahal. Não adianta dizer que é muito comum, que todo mundo vai, que tá muito batido; ir à India e não ir ao Taj Mahal, para mim é a mesma coisa que vir à Paris e não ver a torre, ou ir à Roma e não ver o Coliseu. Por esse motivo, nós estávamos mega ansiosos por essa visita.

Saímos de Jaipur em direção à Agra, de carro, numa viagem de aproximadamente 5 horas de carro. O plano era chegar ao entardecer em Agra para podermos conhecer a cidade de Fatehpur Sikri, construída para ser a capital do império do rei Akbar, quase um século antes do Taj Mahal, em 1570, e tombada em 1986 pela Unesco como Patrimônio da Humanidade. A construção do local também foi uma homenagem a um santo, que em troca lhe daria um herdeiro (e por isso até hoje os casais que querem ter filhos e não conseguem, vão até o local para fazer promessas). 

A construção de Fatehpur foi toda feita em arenito vermelho, pedra muito apreciada pelo imperador, e tem muitos detalhes arquitetônicos, que tornam o lugar especial. O que observamos no local é uma mistura dos estilos persa e mugal. No entanto, uma das coisas mais interessantes de se observar no local é que os aposentos das três esposas eram diferentes, tanto no tamanho como nos detalhes, já que uma era hindu, outra católica e outra islâmica (imagina a confusão...). Lembro muito bem de dois dos aposentos: um era enorme, porque pertencia a uma esposa que gostava de espaço e queria ter muitas empregadas, e outro era bem pequenino, mas cravejado de pedras preciosas em cada espaço das paredes e do teto, porque pertencia à esposa que adorava jóias e pedras preciosas.

Bom, apesar de ter sido construída para ser a capital, Fatehpur Sikri desempenhou essa função por apenas 14 anos, pois era quente demais e tinha um grave problema de escassez de água. Por esse motivo foi abandonada e virou uma cidade fantasma, o que ajudou também na sua conservação.





















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