Munique

Munique, ou München, foi unanimiade entre eu e Leo. Ela junta o charme das pequenas cidades com a praticidade das grandes metrópoles. Além disso, tudo em Munique nos remete à festa, cerveja e alegria. Ou seja, eu e Leo amamos!

Chegamos em Munique por volta 11hs e aproveitamos para fazer tudo o que podíamos na mesma tarde. Como o nosso hotel estava pertinho do centro (NH Hoteles, muito bom, diga-se de passagem), pegamos o mapa da cidade e fomos a pé começar a desbravá-la. Começamos pela Karlsplatz, uma praça que não tem nada demais, a não ser seu enorme chafariz que pode garantir uma bonita foto. Do seu lado, está um prédio muito bonito, o Neuhauser Strasse, Palácio da justiça. O prédio tem ares de ser bem antigo e é muito imponente. 

A Karlsplatz, com seu enorme chafariz

O Neuhauser Strasse, Palácio da Justiça

Continuamos pela Neuhauser strasse, uma rua só para pedestres, cheia de lojas, que nos leva direto para a famosa igreja Frauenkirche e para a Marienplatz, praça onde está o lindíssimo prédio da prefeitura. Todos os dias, às 11hs, 12hs e às 17hs, acontece um mini espetáculo nesse prédio, quando os bonequinhos da fachada começam a girar ao som dos sinos, que tocam uma típica canção alemã. Confesso que eu esperava mais, mas de qualquer maneira, foi legal de ver. O local fica cheio de turistas nessa hora, todo mundo olhando para cima esperando o showzinho começar, muito engraçado.

O prédio da prefeitura e os bonecos que dançam

Daí, fomos direto para a Frauenkirche, que tem duas grandes atrações: o túmulo de Ludwig e a torre, super alta que permite uma bela vista da cidade. Eu já comentei aqui com vocês que eu adoro uma torre, uma montanha, um teleférico... Qualquer coisa que tem pra subir, eu amo! Pois fomos nós subir na torre, mas essa subida foi fácil, porque tem um elevador que nos deixa lá em cima (Leo adorou!). 

*foto de internet

A Frauenkirche e a vista de Munique

que se tem lá de cima

Tiramos fotos lá de cima e depois descemos e fomos andando até o Viktualien Market, um mercado de produtos típicos, aonde estão também vários bares/restaurantes aonde se pode comer muito bem e beber melhor ainda! Foi lá que vimos pela primeira vez aquela caneca de 1 litro de chopp, enorme! Lógio que o Leo não resistiu e pediu uma! Muito engraçado!! Comemos as famosas salsichas e demos mais uma volta pelo mercado. 

Muita bebida, comida e diversão

no Viktualien Market

Do mercado fomos para o famoso Residenz, um palácio enorme que servia no passado como residência para a família real da Bavária. Ele já foi o maior da Europa, para vocês terem noção do seu tamanho. A visita vale muito à pena, algumas salas em especial são muito bonitas, como é o caso da Ancestral Gallery, do Antiquarium e do Imperial Hall. Agora o que eu realmente achei um espetáculo foi o teatro, o Cuvilliés Theatre. Sinceramente, um dos mais bonitos que eu já vi aqui pela Europa. O jardim do Residenz também é uma coisa maravilhosa e merece um pouco do seu tempo para um passeio. 

O Residenz, suas belas salas e o teatro, magnífico!

Os jardins do Residenz

Uma das saídas do Residenz dá para uma praça com uma igreja enorme e um monumento que chama atenção! Muito bonito o local. Não descobri nem o nome da praça nem o que era exatamente o monumento, mas muita gente fica sentada por ali para conversar e tomar um café.

Continuamos até o Enlischer Garten, jardim que nos tinha sido muito recomendado. Chegamos lá tão cansados que não andamos por tudo. Escolhemos um espaço no gramado para nos deitar um pouco e aproveitar o restinho do sol que estava rolando em Munique. Os grandes destaques desse jardim são, pelo que me parece, a Chinesischer Turm (Torre Chinesa), a cervejaria Seehaus e o Monopteros. No entanto, como eles estavam do outro lado, resolvemos ficar por ali mesmo desansando. 

O Monopteros, no Enlischer Garten 

Na volta para o hotel, paramos na famosa cervejaria Hofbrähaus. Estava tendo um show de música típica alemã e o local estava lotado de turistas (o que não me incomoda nem um pouco, já que eu também sou turista). No esquema típico dos bares dessa região, escolhemos uma das grandes mesas que tinha lugar vago e nos sentamos junto com a galera que estava lá. Adoro isso! Tão diferente de Paris! Tão sem frescura! Você chega no bar, escolhe a mesa que tem lugar, senta e ainda acaba conhecendo gente nova! Muito legal! Aliás, os alemães são notal mil em termos de simpatia!

A cervejaria Hofbrähaus

Bom, continuando, sentamos ali, pedimos um litro de chopp e bebemos ao som da musiquinha alemã. Conversamos com os alemães que estavam ao nosso lado e no final, um programa que não tinha nenhuma pretensão de ser muito legal, foi super divertido. Também com aquela quantidade de cerveja que as pessoas bebem, tudo fica divertido! Saímos da cervejaria e passamos na sua lojinha, e acabamos comprando duas canecas de 1 litro de cerveja típica de Munique!

Exaustos, fomos para o hotel tomar banho e dormir. No dia seguinte, acordamos cedo e fomos para Dachau, cidade que abriga o primeiro campo de concentração construído na Alemanha, localizada a 29km de Munique. 

A visita é pesada, mas sinceramente, eu não deixaria de fazê-la. Eu nunca imaginei um dia pisar em um lugar como este, aonde a história ainda é muito recente e praticamente viva. Hoje em dia, o antigo campo de concentração é um memorial aos judeus, com um museu que conta todo passado trágico daquele local. Ainda estão lá dois barracões - que contêm camas e sanitários representando exatamente como eram os "quartos dos prisioneiros"-, o crematório e a terrível câmara de gás.  Como eu já disse, a visita é pesada, mas nós conseguimos entender melhor, como foi essa parte triste da nossa história. A visita pode ser guiada ou com audioguide. Eu e Leo não quisemos esperar a próxima visita guiada em inglês e fizemos tudo com o audioguide mesmo (que é bem completo e passa todas as informações). O que mais me impressionou foi o filme (exibido em várias línguas, cada uma em uma hora diferente), com cenas muito fortes e fotografias impactantes. 

A entrada do Campo: "O trabalho liberta"...

Um dos balcões que foram conservados, lugar

aonde os prisioneiros dormiam

A estrutura por dentro dos balcões

O espaço, hoje vazio, aonde ficava os galpões e

uma das torres de vigia

Foto que ilustra como era o Campo, quando ainda

estava em funcionamento

Um dos crematórios

A câmara de gas, disfarçada pelo

nome de "casa de banho"

Aviso na entrada da câmara de gas

Mais um crematório

Os arames farpados que demarcam as fronteiras

Saímos de Dachau um pouco para baixo, mas tocamos a nossa viagem para frente! A próxima parada seria a linda cidade Garmisch-Partenkirchen.