O carnaval de 2014 ia ser o meu primeiro carnaval no Brasil depois de 7 anos fora - entre Madrid e Paris foi esse tempo todo que fiquei fora! Então estava adorando a ideia de ir pra folia no Rio, me fantasiar e tal, e já tinha inclusive comprado uns apetrechos na rua da Alfândega (templo de fantasias daqui).
Só que os meus amigos me vieram com uma proposta irrecusável. Eles tinham alugado uma casa, no litoral de Alagoas - bem no meio da Rota Ecológica, em frente a uma praia paradisíaca. Fiquei com aquilo na cabeça e depois de uma semana pensando junto com o Leo, decidimos que poderíamos ir no domingo de carnaval e ficar até o outro fim de semana, e dessa maneira, ainda aproveitaríamos o pré-carnaval no Rio e a sexta e sábado de folia carioca.
Dei uma pesquisada sobre a Rota Ecológica e descobri que nessa rota ainda estão as praias mais selvagens do Brasil, as menos desbravadas e as mais lindas, por enquanto, das que eu visitei até agora. São quilômetros de praias maravilhosas, algumas com pousadas charmosas, outras com falésias e areias brancas, mas todas com um mar de um azul incomparável e piscinas naturais cheias de peixinhos coloridos.
Depois que eu comecei a pesquisar, eu vi que já tinha ouvido falar em algumas das praias e dos municípios como a Praia do Toque e do Patacho e o Vilarejo de São Miguel dos Milagres. Entretanto, a Praia da Tatuamunha ainda me soava totalmente desconhecida. Ela é a praia mais ao sul do município de Porto de Pedras e é praticamente deserta - e olha que estávamos em pleno carnaval! São somente duas pousadas e algumas casas que ocupam a extensão de areia, fora isso, somente os coquerais completam o visual. Também por esse motivo, não há muita infraestrutura, mas para nós que estávamos em uma casa alugada, isso era mais do que perfeito.
No canto da praia, desemboca o rio Tatuamunha, onde está a sede do Projeto Peixe-Boi, e pode-se fazer visitas, que devem ser agendadas com a Associação de Observação do Peixe-Boi. Não fiz o passeio, porque sinceramente estávamos tão confortáveis no nosso far niente que não tínhamos vontade de marcar horário para nada.
Outra característica da região, são os casarões antigos, da época da colonização. Eu passei por elas quando cheguei e quando fui embora, mas não consegui tirar fotos.
Bom, chegamos no domingo de carnaval e ficamos até sábado. Nossa casa era pé na areia, com direito à piscina, cozinheira, barman, pescador vendendo peixe fresquinho e água de coco direto do coqueiro, em uma jarra com gelo. Melhor do que isso não há! A nossa única atividade programada foi pegar o barquinho para irmos às piscinas naturais em frente à praia. Ponto final. Semana deliciosa, com muita sombra, praia e água fresca.
Olhem as fotos e vejam se eu não tenho razão. Que lugar maravilhoso!
A praia, em pleno Carnaval
Os coquerais que beiram toda a extensão da praia
O nosso passeio para ver as piscinas naturais
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