terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Lisboa (de novo!): dia 3 - Sintra



No nosso terceiro dia, queria voltar à Sintra, porque da primeira vez que tínhamos vindo à Lisboa, tentamos ir visitar à cidadezinha mas não conseguimos ver tudo, porque saímos tarde demais de casa e por incrível que pareça, não achamos vaga para parar o carro no alto da montanha aonde estão o Castelo dos Mouros e o Palácio da Pena. Eu tinha feito uma promessa para mim mesma de que eu voltaria um dia para conhecer o local.

Vista panorâmica da cidade


Promessa feita, promessa cumprida! Apesar de o meu pai não ter se animado, porque havíamos combinado de fazer um churrasco naquele dia ensolarado, fui com minha mãe e com o Leo em direção à Sintra (a Paisagem Cultural de Sintra é Patrimônio da Humanidade da Unesco). Meu pai por sua vez, como um bom gaúcho que se preze, foi ao mercado comprar carne para o nosso churrascão!  - Como a cidade está ao lado de Cascais (tipo uns 20 ou 30 minutos), nós iríamos fazer a visita na parte da manhã e voltaríamos para o almoço.

Sintra é como se fosse a Itaipava dos cariocas. Guardadas as devidas proporções, os portugueses ricos têm casas e quintas pela região, onde passam o fim de semana e as férias na montanha. Assim que chegamos, fomos direto para o Palácio da Pena, uma das principais atrações do local. Situado no alto de um rochedo, o palácio chama a atenção pelas suas cores fortes e sua bela arquitetura.Paramos o carro do lado de fora do terreno e quando entramos, esperamos um trenzinho que nos levou morro acima.




Antigo Mosteiro, a construção foi quase que completamente destruída por um terremoto em 1755 que a deixou em ruínas e daí por diante foi praticamente abandonada. Foi quase 100 anos depois, que o príncipe consorte D. Fernando II, comprou a propriedade e a restaurou para transformá-la em residência de verão. Como o sujeito era alemão, ele contratou um arquiteto conterrâneo, que acabou desenvolvendo um projeto influenciado pelo estilo romântico "da moda" na época, na Bavária (região sul da Alemanha). O resultado da obra, que durou quase 50 anos, é o que vemos hoje, uma mistura entre os estilos gótico, mouro e manuelino, que fazem do palácio uma obra diferenciada de todas as outras. Ele é considerado um ícone arquitetônico do romantismo do século XIX, e segue o mesmo estilo do famoso castelo de Newschwanstein (se é que é correto se dizer isso, já que o Palácio da Pena foi construído 30 anos antes do alemão).















Bom, o importante nessa história é que o Palácio da Pena é lindo de viver e é uma visita praticamente obrigatória se você está por Lisboa. Reserve um dia para conhecer a região de Cascais e aproveite para dar um pulo em Sintra. Mas preste atenção se você for visitá-lo na época do verão. A cidade fica lotada, é impossível de se conseguir uma vaga depois das 10hs da manhã...

Como minha mãe e o Leo já estavam cansados e a hora do almoço estava se aproximando, resolvemos voltar para casa. Mas a região de Sintra tem ainda muitas outras atrações, que eu e Leo já havíamos visitado quase todas da outra vez. O Castelo dos Mouros, o Palácio Nacional de Sintra, o Palácio de Monserrate, o Palácio e Quinta da Regaleira (que está na lista de Patrimônio da Humanidade da Unesco) e o Palácio de Queluz (a 12km de Sintra). Fora isso, andar pelas suas ruas, parar em uma de suas padarias maravilhosas e admirar a beleza do local é um passeio mais do que agradável.









*Observação: Sintra não é oficialmente uma cidade, e sim uma vila. Apesar de ser sede do segundo município mais populoso de Portugal, a vila se recusa a ser elevada de categoria.

Chegamos em casa e passamos a tarde comendo uma boa picanha (artigo de luxo e super difícil de ser encontrado em Paris), coração de galinha, linguiça e asinha de frango. Foi uma tarde maravilhosa, em plena Cascais ensolarada mas que nos fez acreditar por algumas horas que estávamos no Brasil!

No dia seguinte, acordamos cedo e fomos para o aeroporto. Tinha chegado ao fim a nossa deliciosa estadia em Lisboa!



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