domingo, 20 de fevereiro de 2011

Lisboa I

Em agosto do ano passado resolvemos aproveitar os 10 diazinhos de férias que o Leo conseguiu  para irmos para Portugal. Ainda não conhecíamos o país e aproveitamos o fato de a mãe do Leo ter marcado uma reunião, para conhecer a parte da família portuguesa, para fazermos um tour pelo norte de portugal. É bem verdade que eu queria muito conhecer o Algarve, região sul de Portugal, famosa pelas lindas praias, mas não tínhamos tempo para fazer tudo, então, dessa vez, fomos para o norte. Foram no total oito cidades visitadas, mas é lógico que em algumas passamos apenas algumas horas, enquanto que em outras, passamos um tempo maior.
Pegamos o vôo Paris-Lisboa no aeroporto de Orly. Chegamos lá e já sentimos a diferença de clima, um calorzinho gostoso às 23hs. Fomos direto para Cascais, um bairro mais afastado do centro de Lisboa, aonde mora a prima do Leo, a fofa da Fabi, que recebeu a gente em sua casa, da melhor maneira possível! Cascais é um bairro mais chique sabe? Rodeado por praias e com casas e prédios novos, me lembrou bastante a Barra da Tijuca. O bairro em si é muito bonitinho, cheio de castelinhos à beira do mar (inclusive dizem que um deles era do Ayrton Senna) e outras muitas casas históricas, fazendo constraste com uma arquitetura moderna e clean, bem praiana mesmo.


No dia seguinte, fomos ao centro de Lisboa. Resolvemos que iríamos alugar um carro, mas nesse dia ainda não tínhamos feito isso e então seguimos de comboio - leia-se trem - para a capital. Como chegamos um pouco tarde, decidimos não pegar o ônibus do Sightseeing - aquele que faz um tour pela cidade -, que eu sempre considero uma boa opção. Lisboa é uma cidade bem tradicional e por isso, apesar de eu não tê-la achado muito bonita, tenho que admitir que ela é muito charmosa. Muito diferente dos outros países europeus que eu conheço. A gente vê que Portugal é realmente um país mais pobre, mas que nem por isso deixa de ter seus encantos, que, aliás, são muitos. Os bondinhos, por exemplo, que ainda circulam pela parte velha da cidade, são lindos, e eles me deram a impressão, que o RJ era exatamente assim antigamente.

Começamos o nosso passeio pelo Parque Eduardo VII, do qual se tem uma vista de parte da cidade e da praça do Marquês de Pombal. De lá, seguimos pela Avenida da Liberdade até o Rossio, zona bem turística e central de Lisboa - tudo a pé hein gente! Por alí mesmo almoçamos, mas como não gostamos do restaurante, não vou indicar o nome. Ao lado do Rossio está a praça da Figueira, praça bem tradicional por onde circulam bondes e de onde se pode ver o castelo de São Jorge. De lá, andamos até o Elevador de Santa Justa, um elevador bem antigo que nos leva ao alto de uma torre, de onde de cima, podemos ver com mais detalhes as ruas de Lisboa, o porto da cidade e a arquitetura de suas casas. A saída da torre pode ser feita lá por cima mesmo e, dessa maneira, fomos direto ao bairo do Chiado. Um bairro muito fofo, com muitos bares e casas tracionais e aonde também podemos ver os bondinhos rodando. É um bairro com grande movimentação cultural, artistas tocando instrumentos e pintando quadros nas ruas e muita gente jovem - e turistas, é claro - circulando pra lá e pra cá.



Parque Eduardo VII


Praça Marquês de Pombal


Praça do Rossio


Praça da Figueira, com vista para o castelo de São Jorge


Vista de cima do elevador de Santa Justa


Bairro do Chiado

Depois disso, descemos até a estação do comboio e voltamos, mortos, para Cascais. A minha primeira impressão de Lisboa foi de uma cidade bonita, mas muito mal-tratada pelo tempo. O governo português parece não estar muito preocupado em preservar tanto patrimônio histórico (e isso vale para as outras cidades que eu visitei), o que é um contraste muito grande em relação à França, que faz restaurações constantes para deixar tudo impecável. Também não sei se é descaso ou se é falta de recursos, já que a crise pela qual vem passando Portugal, parece realmente ser séria. O fato é que Lisboa, assim como várias outras cidades, parece ter sido esquecida no tempo, o que é realmente uma pena.

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