terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Ilhas Maurício



As Ilhas Maurício são daqueles paraísos que a gente acha que nunca vai conseguir conhecer e eu, até agora, não acredito que consegui ir para lá. Essa tão sonhada viagem foi a nossa viagem de lua-de-mel e nós pegamos um vôo direto de 12 horas Paris - Maurice (como eles chamam o local em francês). Do Brasil, se pode fazer um vôo até Johannesburg e de lá pegar um direto até Maurícius, que dá mais ou menos a mesma quantidade de horas.

Maurício está ao lado da ilha de Madagascar, no Oceano Índico, e por isso o verão lá é na mesma época do Brasil. Apesar de nunca fazer muito frio no local, já que o clima é tropical, para melhor aproveitar as praias é melhor mesmo ir de novembro a março, época de mais calor - pelo menos é isso que eu gosto. As temperaturas nessa época estão próximas dos 35 graus, ou um pouco acima, ou seja, nada demais para nós brasileiros que estamos acostumados com os nossos verões de 40 graus! A língua local é um dialeto próprio deles, mas todos falam francês e inglês, devido às diferentes colonizações. A capital, Port Louis, fica localizado no centro-norte do país. A moeda é o roupie que é bem desvalorizada (1 dólar é aproximadamente 20 roupies).

A Ilha é grande e os hotéis, a maioria deles grandes e luxuosos resorts, estão espalhados por toda a costa. Ao norte e nordeste estão os mais caros e maiores resorts, ao oeste, que é onde venta menos - já que é a costa da ilha voltada para Madagascar - estão outros bons hotéis e também as bonitas praias públicas. Alguns hotéis dessa costa estão localizados nessas praias e por isso são mais baratos! Já na costa sul é aonde estão os hotéis mais novos. Isso porque antes, devido ao clima mais úmido dessa região, os terrenos eram exclusivamente destinados ao plantio da cana-de-acúcar (que até bem pouco tempo era a principal atividade econômica do país, mas que hoje perde para o turismo).

O nosso hotel, o Heritage le Telfair, ficava nessa parte da ilha, no domínio de Bel Ombre. Escolhemos essa parte porque os hotéis aí são mais baratos, apesar de serem de alto luxo. Isso acontece porque os resorts são relativamente novos e como estão se afirmando no mercado, possuem preços mais competitivos! Apesar de terem nos alertado para o fato de probabilidade de chuva e de vento, que também são constante no sul, nós não pegamos nenhum dia de tempo ruim. Quando chegamos lá, o que nos falaram  foi que a estação de chuva é no inverno e que no verão, mesmo sendo uma região bem úmida, quase nunca chovia. Outra coisa que nós prestamos bastante atenção antes de fecharmos o nosso pacote foi à qualidade da praia do hotel. Eu li muito sobre as Ilhas Maurício e vi que na região sul, muitas vezes as praias não eram boas para o banho devido ao mar agitado e uma costa recortada por muitas pedras. Depois descobri que isso era na parte leste do sul e não na parte oeste, aonde estava o Heritage.

Uma das áreas sociais do nosso hotel

Ficamos muito satisfeitos com a localização e principalmente com a praia (privativa) do nosso hotel. Areias brancas, mar azul claro, tipo Mediterrâneo, e uma brisa deliciosa e constante que nos impedia de morrer de calor quando estávamos pegando sol na praia. Não posso dizer que as praias sem vento não são boas, parece-me inclusive que são também muito bonitas, mas acho que não seria tão agradável o forte calor sem nenhum ventinho... 



A nossa praia, maravilhosa!

Quanto ao nosso hotel, eu posso dizer que era simplesmente maravilhoso. O Le Telfair é um resort 5 estrelas e tem todos os requisitos para honrar a sua categoria. Três restaurantes maravilhosos, duas piscinas, uma delas enorme de frente para o mar e com um bar ao lado, quartos muito bem decorados e bem privativos e funcionários muito simpáticos e educados - produto raro aqui na França! Os menus dos restaurantes eram refinados e fartos, café da manhã excelente e o bar lounge sempre com boa música e excelentes drinques. Fora isso, o hotel sempre oferecia uma opção extra de jantar como, por exemplo, churrasco de peixe na beira da piscina! Ah, e já que estávamos ali do ladinho da África do Sul, essa foi uma excelente oportunidade para provarmos os vinhos sul africanos, que, aliás, são muito bons!


O dia em que tomamos café da manhã na
varanda do quarto, de frente para o mar

Além dos hotéis, que por si só já oferecem muitas opções de lazer (o nosso, por exemplo, além dos infinitos esportes aquáticos como mergulhos, ski aquático, kitesurf e wakeboard, tinha também quadra de tênis, passeios de bicicleta e de quadricículos, salão de jogos, spa e um campo enorme de golf e aulas do esporte), a ilha dispõe de muitas possibilidades de passeios, por mar e por terra! Os passeios mais turísticos são o mercado de Port Louis, Ile Aux Cerfs, Iles des Deux Cocos e Chamarel (areias coloridas e cascata, que eu garanto, não são nada demais; pelo menos para nós brasileiros que temos areias coloridas no Nordeste e as cachoeiras de Foz do Iguaçu). Quanto às praias, as mais populares são Flic en Flac, Pereybère e Grand Baie. Nós fomos a Flic en Flac e, para ser sincera, a praia do nosso hotel era melhor. Outra coisa que me decepcionou, e que todo mundo fala muito bem, foi a Ile Aux Cerfs. Paraíso natural, olhando as fotos apresentadas pelas agências de viagem, parecia que estávamos indo em direção à 8a maravilha, mas quando chegamos lá, o que vimos foi um bando de turista e barraquinhas de comida e uma água do mar que me parecia um pouco suja, resumindo: uma farofada só! A explicação para essa decepção é fácil: com a invasão turística, houve uma degradação do meio ambiente e o paraíso foi praticamente destruído. Já a Ile de Deux Cocos foi uma agradável surpresa. Eu não tinha ouvido falar sobre o local até chegar no país, mas amamos a excursão e essa ilha dá de 1000 a 0 na Ile Aux Cerfs!


Ile de Deux Cocos: que água é essa, gente?

Resumindo, eu acho que vale a pena você sair do hotel 1 ou 2 dias para conhecer um pouco mais da ilha, mas acredite, a praia e o sossego dos hotéis já valem a viagem! Ah, e atenção com a comida, que às vezes pode ser bem apimentada... O Leo passou mau um dia inteiro depois de um jantar, no próprio hotel... Outro fato interessante é que nas Ilhas Maurício não existe a possibilidade de ocorrer Tsunami, isso porque a ilha é rodeada por uma antiga e enorme barreira de coral que a protege contra esse tipo de tragédia natural.

Vejam mais fotos abaixo:



Detalhes do nosso quarto



Leo na nossa varanda

Nosso quarto, visto da praia. Era praticamente
na areia!


Mais umas fotinhos da nossa praia


A piscina do hotel

O hotel visto do mar




Eu tomando sol e Leo jogando golf



As belezas naturais da ilha!



Uma pequena ilha de areia, no meio do Índico. 
Acho que o nome era Ilhas dos Flamingos.




A subida para Chamarel, a cascata e as areias coloridas


A fauna das Ilhas Maurício


Abaixo, estão duas fotos que eu tirei da famosa Ile aux Cerfs:




Agora, olhem a diferença para as fotos que eu vi na internet:


Que diferença hein?!


Dica: para fazer o passeio da Ile des Deux Cocos e da Ile Aux Cerfs, nós utilizamos o serviço da companhia Harold et Maryse. Maryse é uma francesa que se casou com Harold, um senhor muito simpático natural de Maurício. Os passeios foram acompanhados de um excelente churrasco de frutos do mar, com direito a lagosta e tudo. Eles fornecem o material para mergulho e dão várias explicações sobre os lugares os quais vamos passando! Eles falam francês e inglês!

Já para ir para Chamarel e Flic en Flac, contratamos um motorista de taxi. Isso lá é muito comum. Os taxistas cobram uma diária e ficam à sua disposição com o carro. Como eles são moradores, eles têm muitas dicas interessantes e o preço é bem mais em conta do que pegar uma excursão oferecidas pelas agências de turismo locais. 


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