segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Porto

 
  
Porto foi a cidade mais bonita que eu visitei em Portugal. Mas a minha primeira impressão não foi essa não. Assim que chegamos no Porto, à tardinha, tive a pior sensação possível que se pode ter de uma cidade Achei suja, com pessoas estranhas e um pouco perigosa. Isso porque ficamos em um hotel, o Quality Inn, que estava em um endereço não tão bom assim: a praça da Batalha. Em termos de localização, o local é bom, já que está a alguns minutos do funicular, que leva os pedestres para a parte baixa da cidade, do metrô e também do ponto do ônibus de turismo do Sightseeing. Entretanto, a praça não é, digamos, muito bem frequentada. Durante o dia, vemos uma parte mais pobre da população e também muitos flanelinhas - nem sempre sóbrios - por ali, e, durante a noite, algumas prostitutas frequentam a praça. Por isso, a minha primeira impressão foi péssima.

Bom, nesse fim de dia, tivemos pouco tempo (e eu estava também com uma certa má vontade) para conhecer a cidade. Resolvemos, então, fazer um passeio de barco que passa por todas as pontes da cidade e dura cerca de 1 hora. Quem fez a pré-reserva para a gente foi o pessoal do hotel. Aliás, o esquema foi o seguinte: nós compramos os nossos bilhetes do Sightseeing e no pacote estava incluído um passeio de barco e também a visitação de uma cave de vinho do Porto. Acho que essa é uma boa opção para quem vai à turismo ao Porto.
 
 
No passeio, passamos por baixo da imponente ponte D. Luís, construída por Teófilo Seyrig, sócio de Gustavo Eiffel (diga-se de passagem, de cima dessa ponte a gente consegue belíssimas fotos de Porto e de Gaia, cidade que fica do outro lado do rio Douro). Depois voltamos para o hotel, tomamos banho e fomos em busca de um bom restaurante e, definitivamente, encontramos. A Adega e Presuntaria Trasmontana começou a mudar a minha opinião do local. Apesar da espera para conseguirmos uma mesa, logo fomos surpreendidos pela simpatia dos garçons e pela farta entrada (queijos, jamón serrano, azeitonas, pães e tábua de frios). Não que a entrada fosse tipicamente portuguesa, mas o bacalhau que comemos depois, esse sim, Opá! Muito farto e muito bem temperado. Depois, um buffet de sobremesas, que, além de muitas frutas, tinha todos aqueles doces portugueses maravilhosos. O esquema desse buffet é comer o quanto quiser mas, é lógico que, depois de tanta comida, não sobra muito espaço para a sobremesa.
 
 
  A ponte D. Luis
 
 




Adega e Presuntaria Trasmontana

No dia seguinte, acordamos e pegamos Sightseeing para conhecer melhor a cidade. E qual não foi a minha surpresa? Fiquei apaixonada! O ônibus nos levou para conhecer a parte nova e moderna da cidade, as praias e os principais pontos turísticos, como a câmara municipal e as inúmeras igrejas. Fora isso, fomos também à Gaia, de onde se tem as mais belas vistas do Porto. Passamos o dia inteiro andando muito e no final da tarde, depois de muitas fotos, eu já estava completamente encantada com tudo. À noite, mais um restaurante maravilhoso, o Bacalhoeiro. Esse só serve bacalhau mesmo, muitas variedades e estilos de pratos, mas todos com bacalhau! Nós três pedimos dois tipos diferentes, e os dois estavam uma delícia! Também recomendo o Bacalhoeiro.
 
 
A linda orla da parte nova da cidade
 
Como o ônibus era válido por 48 horas, dia seguinte de manhã, o pegamos mais uma vez, mas dessa vez, ficamos mais por Gaia mesmo. À tarde, fomos conhecer a família portuguesa do Leo na Lixa, mas isso é um capítulo à parte.

Porto é relativamente uma cidade pequena, então tiramos o terceiro dia para conhecer melhor alguns monumentos e ir à Braga (que eu conto em um outro post). Visitamos a igreja de São Francisco de Assis, Monumento Nacional e Patrimônio da Unesco. A igreja é, sem dúvida, uma das mais bonitas que eu já conheci em toda a minha vida. Com sua arquitetura Gótica, a fachada contrasta com o interior rico e suntuoso, totalmente no estilo Barroco e Rococó. Apesar de estar mal conservada (como muita coisa em Portugal), ela ainda assim impressiona. Principalmente pela quantidade de ouro utilizado e também pela beleza de seus autares. Visita praticamente obrigatória! 
 
 
 
O mosteiro de São Francisco de Assis (essas fotos não são minhas)

Fomos também conhecer uma das caves que fabricam o famoso vinho do Porto. Como já disse, o nosso ingresso do Sightseeing dava direito à visita de duas de graça e nós optamos pela Graham's. A visita inclui um passeio guiado e explicativo pela cave e ainda uma degustação final. Foi bem interessante e eu diria que conhecer uma cave é também uma programação obrigatória, não só pela degustação, mas pelo conhecimento que se adquire sobre o vinho do Porto, que é parte importantíssima da cultura Portuguesa.
 
 


 
A cave da Graham's
 
Uma curiosidade sobre a cidade é que o seu maior ponto turístico, a Ribeira (o bairro com casas típicas de fachadas coloridas de frente para o rio) é, na verdade, um equivalente à nossa favela. Foi uma menina portuguesa que nos contou, que aquela parte é a parte mais pobre e que os portugueses reconhecem o endereço como uma espécie de favela. Vejam as fotos!
 
 


 As igrejas do Porto
 
 
 


O charme da cidade: os bondinhos ainda ativos,
as ruas estreitas do centro histórico e o bairro da Ribeira
 
 


A bonita arquitetura de suas construções
 
 
 


O rio Douro, com seus barquinhos que antigamente
traziam o vinho do Porto, e as casinhas coloridas do bairro da Ribeira
 
 




A cidade à noite fica ainda mais bonita
 
 
 

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